sexta-feira, 12 de junho de 2009

O Amor e a Manipulação (1)

A pessoa manipuladora é, antes de tudo, invisível”, diz a terapeuta comportamental e especialista em programação neurolingüística, Isabelle Nazare-Aga. Segundo ela, só o tempo e a convivência permitem reconhecer o típico manipulador. Porém, com o hábito e a observação, torna-se possível identificá-lo cada vez mais rapidamente. A terapeuta concluiu, em seus estudos, que as características de manipuladores do sexo masculino e feminino são exatamente as mesmas. De acordo com as estatísticas, quase todo mundo já teve ou tem contato com, pelo menos, uma pessoa manipuladora durante a vida.


Com algumas exceções, o manipulador não tem consciência de suas atitudes devastadoras. O egocentrismo dele é tão forte que é incapaz de perceber o que os outros sentem”, diz Isabelle. “Aqueles que são conscientes e não querem mudar, beiram a perversidade”, completa. De acordo com a psicóloga Aparecida Nogueira, no plano amoroso, a médio prazo, o tipo manipulador não consegue manter a harmonia. Discussões (em particular ou em público), clima ruim (que muitas vezes os amigos não percebem), separações, sofrimento, costumam marcar a vida de uma pessoa manipuladora.


Quando o relacionamento desse tipo acaba, geralmente, não fica nem a amizade. Isso porque o ex- parceiro sente-se tão aliviado por ter se livrado da manipulação, que é incapaz de nutrir bons sentimentos por quem o torturou. Mas, afinal, com quem você está lidando? Uma das principais características do manipulador é só se interessar por si mesmo. Qualquer que seja o assunto, o interrompe assim que possível para contar uma passagem que tenha acontecido com ele. Se não dominar o tema da conversa, não dá atenção ao que está sendo dito e, em poucos minutos, desvia o assunto e procura uma forma de atrair os olhares para si.

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