sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Do Amor e do Sexo

O amor é feito de toques, de carícias, do sentir um ao outro? Sim e não. É tudo isso, mas pode ser bem mais. O amor brota na mente, transmite nos olhos e nas palavras, e transborda e mostra toda sua plenitude nas mãos e nas respostas do corpo. Necessitamos todos do afago e da atenção para aprender o amor. Não sobrevivermos somente por atender necessidades biológicas. O amor e o sexo transcendem a estas, vez que são compartilhados com a química sensorial.
A sensualidade e suas possíveis gratificações são parte fundamental da busca e da realização da felicidade. Nós, seres humanos, precisamos ser tocados, precisamos nos descobrir e sermos descobertos pelos outros, precisamos nos explorar e sermos explorados, sem o que não atingiremos nossa plenitude. Percorrer, em constante processo de descoberta, os caminhos do amor e da sexualidade, é missão a ser aceita e encarada.
Mas, viver e desfrutar o amor e o sexo, exige lidar com verdades mutantes a cada fase vivida e a cada etapa ultrapassada. A mentira e a manipulação podem refletir de forma irreversível em qualquer relação, podendo esvaziá-la ou torná-la superficial ou insuportável, algo como uma tortura consentida.
Como detectar a honestidade de propósitos e a verdadeira entrega mútua? Como corresponder plenamente aos anseios, às fantasias e desejos mais íntimos de cada um? Como fazê-lo de forma serena e vibrante? De maneira gradativa e, no entanto, integral. Conseguindo que cada dia seja mais um passo rumo à satisfação mútua? É o que tentaremos discutir nos próximos dias em que abordemos este tema.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Dica do dia, para o trabalho e vida pessoal:

Quando alguém mostra aos outros que deseja se integrar, deve demonstrar - principalmente - seu interesse em integrar-se. Não se pode esperar que as pessoas, mesmo as mais próximas, saibam e compreendam seus sentimentos e necessidades não expressos. Se deseja que os outros o conheçam, você é o responsável por se comunicar com eles.

Do Amor e do Saber (2)

O amor e o saber possuem mais pontos em comum do que poderemos perceber em uma primeira vista sobre os dois. Em ambos não há limites estabelecidos ou possíveis. Sobre ambos não podem pesar preconceitos. E - a maior das verdades - ambos sobrevivem de descobertas e da liberdade de buscar sempre mais.
Em ambos o improviso é segredo de sucesso. A vontade de se entregar é ponto de partida junto com a expontaneidade com que nos dediquemos a buscá-los. É preciso se libertar de influências externas. Temos perdido a capacidade de nos surpreender. Esquecemos de sorrir, pois poucos sorriem. Nos limitamos nos gestos de afeto e atenção porque muitos esquecem de praticá-los.
Esquecemos de dedicar mais de nosso tempo a escutar nosso coração e nossa intuição. Por que é que deveriamos escutar o que cada um pensa sobre "como" ou "o que" deve ser feito? Se o amor e a saber são tão particulares, tão ligados às sensações e necessidades individuais? É preciso, para que nos sintamos realizados, que ouçamos o que nos orienta a nossa necessidade de crescer e de ser feliz.
E, se sentirmos alguma coisa, permitir que este sentimento sirva de mola propulsora para que amemos mais e mais intensamente, para que busquemos conhecer da vida e de nós mesmos, para que acumulemos saber, sempre em busca da realização de nossos sonhos. E isto não significa nos afastarmos dos outros. Quem ama - e amando também se aumenta o saber - sabe que não precisa ser perfeito, mas sim ser autêntico.
Não é justo deixarmos de fazer algo levados pelo medo de não fazê-lo bem feito, ou por temer possíveis riscos. O amor e o saber melhoram as pessoas, e isto as faz serem uma presença agradável aos demais. E, quando somos os donos do destino de nossa maneira de amar e do nosso saber, nos tornamos mais interessantes e mais particulares. O que faz as pessoas melhores de conviver é aquilo que cada uma nos passa de sua busca por ser feliz.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Do Amor e do Saber

O amor e o saber caminham muito próximos. Em ambos, durante nossas vidas, podemos aumentar nossos conhecimentos, encontrar novos caminhos, adotar novas práticas, e para tanto basta que estejamos dispostos a isso. Ao mesmo tempo, se dermos de um e de outro, se ofertarmos amor e saber àqueles que nos rodeiam, continuaremos a ter o que já tinhamos. São coisas que não diminuem por as distribuirmos.
Se amamos intensamente, permaneceremos dispondo da mesma medida de amor para dar. Se passarmos conhecimento a outros, além de não perder o que já temos, há uma tendência a que busquemos saber mais, para continuar ensinando. E nosso saber permanecerá intocável. Entretanto, se você não gosta do que é em termos de amor e saber, poderá sempre modificar isso, criando um novo panorama, buscando crescer, visto que só podemos dar aquilo que temos. Então, poderá compartilhar o que passar a possuir.
Para que esta seja uma realidade constante em sua vida, há que se acreditar nas mudanças. Mudanças que sempre começam a partir de nós mesmos. Ao contrário do que é material, amor e saber não são elementos desperdiçáveis. E usá-los para viver melhor é uma forma de melhorar a vida e as pessoas que nos rodeiam. Ninguém fica desgostoso por ser amado ou instruido. Ninguém se ressente ao perceber que é querido e ganha conhecimento. Ao contrário, tende a desejar permanecer próximo àquele que assim o trata, retribuindo o que recebe, também com atenção, carinho e gratidão.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Dica do dia, para o trabalho e vida pessoal:

Não desista facimente de seus ideais e projetos. Antes de buscar novos caminhos, verifique o que está a ocorrer que lhe impõe a sensação de haver perdido terreno, de não possuir entusiasmo, de não sentir-se recompensado.
Imponha-se a postura de tentar ainda mais uma vez. E, se ainda assim, persistir o sentimento de fracasso, revise todos os passos dados até então, tentando detectar aonde estarão as possíveis falhas, se em você mesmo ou nos outros.
Só então, se todas as tentativas foram de fato esgotadas, poderá, com tranquilidade, encarar as perspectivas de buscar novas saídas. Mas tendo a absoluta certeza de que não haverão arrependimentos futuros.
É menos frustrante sentir que dedicamos mais tempo e preocupação para tomar uma decisão importante, do que percebermos que o fizemos de forma afoita, o que nos impediu de esgotar todas as chances para conseguir uma possível recuperação bem sucedida.

Esposas e Maridos: amantes? (2)

Uniões que duravam para sempre, na geração de nossos avôs, têm vida cada vez mais breve. Falta de intimidade, pouco ou nenhum diálogo, tédio e dificuldades do cotidiano, acabam com as expectativas da felicidade a dois e abrem espaço, muitas vezes, para a chegada da(o) amante. A verdade é que, no complexo universo da vida, existem muitos mistérios. Casais permanecem juntos por conveniências diversas, por medo de tomar uma atitude, ou mesmo por inércia.
Sem emoção e cumplicidade entre os parceiros, o casamento se transforma num contrato a ser cumprido, onde as partes já não se dão ao trabalho de perceber os sentimentos e desejos do outro. Faltam amor e sabedoria na receita desses casamentos, onde os ingredientes colocados na relação não satisfazem às expectativas da vida a dois. Este quadro de frustrações, ressentimentos e falta de comunicação é o cenário perfeito para a chegada de outra pessoa.
Há, entretanto, formas de reconquistar o amor e voltar a viver bem. Disponíveis ou não, outros poderão oferecer alegria, diversão, e até o sexo, sem os compromissos que existem no cenário doméstico. Mas, a reconquista é sempre possível. Porque se - o homem ou a mulher - desejassem outra pessoa para compartilhar a vida, os tornariam seus companheiros, e não estabeleceriam uma relação passageira. É preciso então que, de fato, se tenha interesse em viver em paz, com harmonia e entendimento, sem culpas ou responsabilidades.
É, buscando novas posturas, mostrar, cada um, com total franqueza, quais são suas expectativas com relação ao parceiro, estando aberto para também tentar atender às do outro. É estabelecer um recomeçar, avaliando falhas e esquecimentos. Acima de tudo, admitindo que a vida terá levado o casal a "esquecer" de pensar um no outro. O conhecimento e a consciência de tudo de bom que já se viveu junto - se ainda existirem a confiança, o respeito e a admiração - irão servir para um novo e salutar ponto de partida.

domingo, 25 de janeiro de 2009

A meus Caros Amigos

A partir de hoje, além de nossos textos e temas usuais, passaremos a incluir a publicação, em partes, para facilitar sua leitura gradual, de nosso romance Caleidoscópio. Desta forma, atenderemos amigos como Rosiane, que mostrou-se interessada em nossa obra.
Esperamos que - também a vocês - nossas emoções sirvam como mais uma referência de vida.
CALEIDOSCÓPIO

(Nota do Editor)

A vida vibrante do pai, José Gay da Cunha, um revolucionário brasileiro, cujo romance com sua mãe Eugenia, se inicia no exílio no Uruguai, quando um amigo comun os apresenta, terá gerado em Victor, ora enormes emoções, ora momentos de grande tensão, que serviram para deixar nos filhos um legado de dignidade e justiça.
Ainda estudante, o autor inicia seus escritos e, já a partir de 1971, no "Correio do Povo", de Porto Alegre, publica semanalmente crônicas e poesias. Trocando de cidades, em sua peregrinação profissional pelo Brasil, escreve no "A Tarde" da Bahia, no "Jornal do Comércio" e no "Diário de Pernambuco", em Recife.
Retornando ao sul, radicado no Rio de Janeiro desde 1989, reduz seu ritmo de publicações em veículos de divulgação, e dedica-se a escrever aquela que julga ser uma homenagem aos homens - que no Brasil e no mundo - lutaram pelo ideal da liberdade: Caleidoscópio.
Misturando em sua escrita a força revolucionária do pai com a emoção e a arte da mãe pianista, nos passa um recado que busca registrar de forma autêntica uma importante fatia de nossa história.
História que - parte dela - vivenciou junto aos seus. E a conta, tentando evitar que se diluam as imagens nos redemoinhos do tempo.

Caleidoscópio

"Caleidoscópio é uma história linear. Li e gostei muito. Sem grandes complicações, os fatos vão se sucedendo no seu dia-a-dia, e a vida flui, se modificando, como as imagens em um caleidoscópio.
Como fio condutor da trama está Mário Ávila, o patriarca de uma família, que vai guiando e conduzindo seus descendentes com firmeza e grandeza moral.
Tudo o que acontece tem como pano de fundo a história política brasileira, anterior à era Vargas, até dias recentes, em bem elaborada e cuidadosa pesquisa, idéias claras e fundamentadas, tornando a leitura fácil e agradável.
As personagens tem características claramente delineadas, bem retratando alguns anos de nosso Brasil e momentos importantes por que fomos passando.
Nela senti a projeção do autor, de sua família, seus conceitos, anseios e expectativas. Um orgulho para quem o viu escrevendo seus primeiros textos, ainda no curso ginasial."

Amazilia Lacerda Grillo (Professora, residente em Porto Alegre, que lecionou Português ao autor no Ginásio Estadual Padre Reus, entre 1956 e 1959)
CALEIDOSCÓPIO
(As estrelas moram no céu)

Romance/Literatura Brasileira
Cunha/Victor Aronovich, 1945
Direitos Autorais Reservados,
Registro No. 138.960 Livro 222 Folha 495 Biblioteca Nacional

Reservados todos os direitos desta edição. Proibida reprodução, mesmo parcialmente, sem expressa autorização do autor.

Este livro é uma homenagem a uma geração de homens que fez a história de seu tempo, marcando sua trilha pela dignidade de propósitos, pela autenticidade de seus ideais, pela solidariedade universal que carregavam. Formaram, certamente, uma raça que não teve nem terá substitutos, tal a grandeza de seu espírito, a dimensão de seus sonhos, e o inseparável destemor que lhes foi companheiro. A nós caberá sempre lembrá-los, com o orgulho de podermos, quiçá, tentar segui-los, abraçando também causas maiores, na expectativa serena de esperar que a história nos reserve um julgamento justo.
De um deles, meu pai, tomei a liberdade de roubar cenas, me apropriando de fatia maior do que aquela que sempre tive o direito de carregar, qual seja seu nome. A ele, José Gay da Cunha, lutador incansável; como portador da bandeira da liberdade, com muito amor, tenho a honra de ofertar minha principal homenagem. Por tudo que nos disseste, por tudo que nos mostraste, por tudo que, mesmo calado, nos transmitiste em teu exemplo maior, por tudo que sempre foste, és e serás.
Obrigado Zé!



Dedico-o a minha mãe, Eugenia, valente e audaz, companheira na vida, na música, e nos sonhos que sempre traduziu, nas palavras e nos teclados, a meus irmãos, cuja solidariedade e carinho são marcas indeléveis que carregamos como herança de nossos pais, a meus filhos, amigos de ontem, hoje e amanhã, seus companheiros, companheiras e filhos, meus netos, aos amigos, poucos, que continuaram a caminhar comigo, e ao meu amor, Aninha, meu refúgio e verdade maior, e, por fim, àqueles que, mesmo os que não conheço, sei que lutam pelos direitos dos homens.




REMINISCÊNCIAS

Mário Ávila passeia de volta por chão que lhe é familiar e bem quisto. Margeando o Guaíba, bem ao sul de Porto Alegre, em Belém Novo, há tempos, foi construindo um recanto que lhe serve de refúgio quando deseja espairecer. Não chega a ser uma fazenda, mas ali cria um pouco de gado leiteiro, desenvolveu um pomar que lhe permite colher o suficiente para a subsistência dos empregados, produz bom leite e, em área que detém sua especial atenção, montou um haras, um pouco por influência e competição com os Krieger, seus vizinhos e amigos de longa data.
Ao contrário das vastas planícies na zona da fronteira, em Livramento, herdadas ao pai, aqui o convívio com os peões e seus familiares sempre foi menos formal, talvez porque, desde o princípio, esta tenha se transformado em sua área de experimentos e descanso. E foi aqui, entre Belém Novo e Ipanema, que os filhos foram, durante suas férias, crescendo com mais contato com a natureza, e vez por outra, convivendo com os veranistas, gente de Porto Alegre e de outras cidades, que vinham descansar e soltar os filhos um pouco da rotina do ano inteiro.
Seu pai não lhe deixou somente as posses. A estas soube ampliar, tendo agora as terras de Belém Novo e Tapes. Mas passou-lhe também um sólido, e senão isso, um tranqüilo relacionamento com o poder. Os Ávila faziam parte de um grupo que, por algum tempo, convivera de perto com o Presidente Getúlio Vargas, desde quando este fora Presidente do Rio Grande do Sul, e juntamente com os Flores da Cunha, os Silveira, os Dornelles e outros, participou intensamente da vida do país e da geração dos fatos históricos. Nem sempre tinham estado do mesmo lado, o que lhes rendera rusgas e prejuízos, mas o velho Ávila soubera manter-se distante da política, trabalhando mais nos bastidores, evitando tomar partido publicamente, por exemplo, quando Getúlio enfrentou a revolta de antigos colaboradores, aos quais alijara das decisões ou traíra nos anseios que alimentavam quando o tinham ajudado a assumir o poder da nação.
E Mário Ávila muito aprendera com seu pai. Conseguira, após sucedê-lo à frente do patrimônio da família, continuar a mostrar-se aos companheiros de sociedade e da política como um homem voltado para seus próprios negócios, mente aberta a novos empreendimentos, dono de alguns hobbies próprios de quem tem boas posses e muita cultura, o que havia conquistado com estudo em excelentes escolas e em viagens, pelo país e exterior, que nunca deixara de fazer. Quanto a sua visão política, soubera sempre resguardar-se. Mesmo em casa, no convívio com a mulher e os filhos, pouco se podia perceber-lhe nas manifestações.
Pelo que transmitia, captavam sua vasta cultura, sua preocupação em estar atualizado, mas - invariavelmente - a busca de uma posição neutra e superficial ao comentar sobre o que dissesse respeito a política ou poder.
Era um homem forte e saudável para sua idade. Aos cinqüenta e um anos bem vividos que carregava, mantinha os músculos ainda tesos, o andar rápido e marcado por bons movimentos. Praticava alguns esportes, como o tênis que muito apreciava. Esporte de não agressão, de cavalheiros, como sempre se julgara e fizera questão de demonstrar aos que com ele conviviam. Também nadava um pouco, fumante que era, para manter bons pulmões. Gostava, como o fazia agora, de andar a cavalo. Em longas peregrinações solitárias, nas quais somente o animal o escutava, admirava em detalhes o que o tempo e a natureza o haviam ajudado a construir.
O cavalo trotava ágil entre duas fileiras de seibos, árvore que Ávila trouxera para enfeitar a paisagem por sugestão de Carla, e que o tempo mostrou estava ela cheia de razão ao elogiá-la. Davam flores lindas, vermelho forte, contendo uma nesga de amarelo. Não cresciam muito, abrindo-se mais para os lados com galhos predominantemente leves, que, com o verde muito vivo de suas folhagens, formavam um quadro de admirável beleza.
Puxou os arreios obrigando o cavalo a parar. Apeou. Queria sentar por alguns instantes em um pedaço muito especial do caminho. Ali, uns metros à direita, feito em troncos, com rústico acabamento, estava o banco aonde Carla descansava e o observava enquanto ele plantava as mudas de seibo. Alisou o pescoço do cavalo, em gesto típico de quem tem intimidade com o animal, batendo-lhe de leve, com carinho mesmo, quase à altura do peito.
Prendeu os arreios, agora pendentes, a um galho baixo da árvore mais próxima. Tirou o chapéu, afagando os próprios cabelos já parcialmente grisalhos e, com as mãos na cintura, punhos cerrados, olhou em volta e respirou fundo. Soltou o ar bem lentamente.
Com o chapéu bateu nos troncos do banco como a limpá-lo. Então, sentou-se. Pernas afastadas, corpo dobrado para a frente, com os cotovelos apoiados nas coxas, olhar distante.
O ar era do mais puro. A brisa suave trazia o cheiro de natureza que tanto lhe agradava e as imagens à sua frente o ajudavam a pensar. Olhou lenta e descompromissadamente as árvores em volta.
Lembrava de cada uma ao plantá-las e de sua preocupação com o frio, as geadas e os ventos fortes do inverno. De que pudessem não desenvolver-se adequadamente ou sucumbissem mesmo.
Mas a natureza era maior e mais sábia que nosso conhecimento. Ali estavam todas, fortes e serenas, ofertando-lhe a beleza que já antes tantas vezes admirara. E se movimentavam numa dança sensual e livre, como a agradecer as mãos que as ajudaram a penetrar a terra fértil. Inevitável pensar em Carla.
Ele, vinte e dois anos, estudante de Direito, ela, dezoito, recém normalista, formada no Sevigné. Porto Alegre fervia naquele distante l923, ano agitado, em que Chimangos e Maragatos se enfrentavam em lutas sangrentas, como se novos Farrapos ressurgissem nos Pampas.
Borges de Medeiros, governador perpétuo do Rio Grande do Sul, encarava os caudilhos Republicanos, estes liderados por Flores da Cunha e Osvaldo Aranha. E nas ruas da cidade, depois do toque de recolher, quando era proibido circularem veículos , alguns caminhões, com laçadores, caçavam voluntários para formar as tropas de defesa do Governo, levados para campos de treinamento nos Corpos Provisórios, que gerariam milícias, depois agregadas à Brigada Militar.
Os jornais Federação e Ultima Hora, favoráveis ao governo e oposição, noticiavam os mesmos fatos, atribuindo vitórias de acordo com as conveniências de seus editores. Era difícil saber realmente o que se passava. A luta fraticida fazia vítimas entre o povo, manobrado e iludido por informações, muitas vezes distorcidas.
Uma tarde, em frente ao Grande Hotel, na Praça da Alfândega, caminhavam Mário e Carla, namorados, mãos dadas, junto com Joice Almeida, companheira de Carla como voluntária na Cruz Vermelha. De repente, tiros, primeiro afastados, depois mais próximos. E, antes que pudessem esboçar qualquer gesto de protegerem-se, viram Joice cair, a testa perfurada por uma bala perdida. Justo ela, uma das muitas jovens que se arriscavam para ajudar feridos de uma luta que não haviam escolhido facção.
O ano foi praticamente todo tumultuado. As coisas só acalmariam quando o Governo Federal mandou para o estado seu Ministro da Guerra, General Setembrino de Carvalho. Mas, daquele dia, algo mais ficou em Mário Ávila do que o gesto de proteger Carla empurrando-a junto à parede do Hotel e ficando a sua frente. Ficou a preocupação com os efeitos hediondos de uma luta pelo poder. O Rio Grande sangrava por suas próprias mãos.
Que gosto, que prazer insano nutriam esses líderes por tal tipo de combate? Para ele, ainda muito jovem e cheio de planos, mas de vida tranqüila e sem dificuldades, era custoso assimilar tais fatos.
Com certeza fora ali naquela tarde, que, em sua mente feita de planos férteis e expectativas serenas, despertara uma curiosidade que não o deixaria mais: por quê? E lhe veio à lembrança a imagem de Carla quando a conhecera.
Desciam, ele e alguns amigos, a ladeira da Marechal Floriano, que ia da Rua Duque de Caxias, passando pelo Colégio Sevigné, saindo na praça em frente a Demétrio Ribeiro, rua em que, junto com dois colegas de faculdade, residia, durante o ano, em uma pensão.
No meio da subida, sentido contrário, saia azul plissada, blusa branca de laço também azul preso ao colarinho, livros nos braços de encontro ao peito, vinha Carla, conversando com uma colega normalista.
Era o momento de saída da turma da manhã na tradicional escola, caracterizada pelo essezinho bordado na blusa, sobre o bolsinho do lado do coração das meninas que lá estudavam.
E ao cruzarem um com o outro, a calçada estreita, bateram levemente os braços, mas o suficiente para assustá-la e fazer cair um de seus cadernos ao chão.
De imediato, voltando-se para ela, Mário apanhou o caderno devolvendo-o. Ao fazê-lo, quando Carla estendeu a mão, prendeu-lhe os dedos por breve instante. Olhou-a bem nos olhos e, talvez influenciado pela companhia dos amigos, resolveu brincar:
-Um escravo aos pés de uma bela professorinha.
-Você não é negro. Eu não sou professora ainda, nem tão bela, e largue minha mão, falou Carla, entre assustada com o fato e consigo mesma por ter reagido tão de pronto.
Os amigos, todos eles, riram muito, enquanto Mário, entre desconcertado e arrependido, ficara sem ter o que dizer. Sabia que o Moisés Velhinho, um deles, e o mais talentoso dos estudantes com que convivia, iria depois massacrá-lo com suas provocações. Deu de ombros, não sem antes voltar-se a tempo de ver Carla dobrar a esquina.
A cena não lhe saiu da cabeça. Não era de seu feitio tomar atitudes como aquela. Que tonto fora ao sentir-se mais valente perante os próprios colegas. Passado mais ou menos uma semana, encheu-se de coragem, agora sensata, e foi postar-se em frente ao Sevigné. Tinha que falar-lhe. Ao vê-la sair, leve, pequena e frágil como parecia ser, adiantou-se:
-Quero falar-lhe. Ouça-me um minuto. Preciso me desculpar pelo que fiz no outro dia.
-Não o conheço. Deixe-me passar. Meu pai é Coronel e posso pedir-lhe que mande prendê-lo caso continue a me perturbar.
-Pois bem, disse Mário, estufando o peito à frente de Carla, ou me ouve ou vai ter que mandar me deter mesmo. Não faça com que me sinta mais idiota do que já estou me sentindo. Tenho cara de bandido?
Parecia ter vencido sua resistência. Carla deixou transparecer um meio sorriso e mostrou expressão de quem entrega os pontos, soltando um muxoxo:
-Muito bem. Fale então.
E, daquela conversa ao início do namoro, passaram-se uns poucos dias. Mário conhecera seus pais, Coronel Figueiredo e Dona Áurea, ambos afáveis, ele bem mais velho que ela. Já transferido por muitas vezes e para muitos lugares, o Coronel adquirira um conhecimento que independia de sua condição de militar. Não sabia muito bem esclarecer porque optara pela carreira, mas tinha consciência do nível de vida que vivia, acima da média, e do respeito que lhe era oferecido por todos com quanto convivia. Em uma ou outra conversa de fim de semana, deixava escapar suas mágoas com as promoções que perdera. Admitia não ter um coração de militar típico, durão, intransigente e insensível na aparência. Questionava com freqüência alguns dos métodos aplicados nos quartéis e até mesmo fora do convívio da caserna.
Ao longo dos anos, por conta de sua inegável capacidade de ouvinte atento e conciliador nas horas de conflitos, em torno de si criara a imagem de não decidir com presteza, de ser ponderado em demasia e pouco severo nos julgamentos, não carregando, portanto, o perfil necessário a um oficial de alta patente, muitas vezes detentor de segredos de estado.
Restara-lhe o conforto de ser respeitado por todos como um homem íntegro e as facilidades de que gozava após ser deslocado para um posto administrativo.
Dona Áurea era uma pessoa simples. Possuidora de boa formação cursara a Faculdade de Medicina até o terceiro ano quando, tendo se casado, abandonou seus estudos. Dentro de casa, ainda que contraditoriamente com o conceito de seu esposo nos quartéis, aceitava seu comando com naturalidade autêntica. Era uma mulher dócil no trato.
Vivia feliz e nitidamente satisfeita com o casamento, o marido e os filhos que criava. Permitia-se, em raras e íntimas oportunidades, confidenciar ao marido as possíveis discordâncias ou ressentimentos do dia-a-dia. Mesmo nessas ocasiões, sabia manter-se suave e sem agredir-lhe o moral de, em última instância, ser o dono da palavra final.
Carla era a filha do meio, tendo um irmão, então com dezoito anos e a irmã, de apenas treze. Carregara o tipo físico da mãe, delicada, feições bem traçadas, sem maior semelhança com o pai, este mais moreno de pele, expressão sempre um tanto contraída, como se lhe perseguisse uma preocupação constante.
Por vezes, observando-o, Mário se perguntava se existia um real motivo para isso, ou se, a exemplo de outros militares que conhecia, o Coronel Figueiredo adotara esse tipo de semblante como defesa, para se mostrar um forte. O futuro sogro mais lhe parecia, no tipo físico não tão avantajado, um homem sereno e suas atitudes passavam isso em certa proporção.
Um dia, muitos anos e muitas experiências de vida mais adiante, Mário iria descobrir que os homens se criam, por vezes, um personagem que os mantém como querem ser mantidos perante os seus, mesmo aqueles mais próximos, como eram a mulher e os filhos do Coronel.
Carla era uma moça simples, feliz com sua perspectiva de tornar-se professora um dia, estudando com dedicação, muitas vezes até altas horas. Por pouco dormir, volta e meia suas olheiras destacavam-se no rosto claro de olhos expressivos. Era, de certa forma, bem a moça típica dos anos vinte, criada consciente de que um dia casaria, teria filhos que iria educar e se lhe fosse possível, mais cedo ou mais tarde, trabalhar em sua profissão. Seu corpo leve, ainda que não franzino, passava um quê de fragilidade que os anos se encarregariam de mostrar verdadeira.
Pensando nisso agora, Mário Ávila se arrependia um pouco de tê-la feito esperar por tanto tempo para casarem. Na época jovem, cheio de ideais e projetos que não envolviam necessariamente a fazenda de sua família, achou mais adequado formar-se em Direito primeiro, para depois decidir o que seria de sua vida. Amava Carla sem dúvida, mas projetara uma vida a dois por mais tempo do que lhes fora permitido pelo destino.
A saudade, naquele momento, lhe era a companheira mais freqüente. Carla, a meiga e suave Carla, de presença tão leve que quase não notada, era agora uma companhia incontestável a seu lado. Sua partida e o tempo, que passava célere, abrandavam o coração de Mário Ávila mais do que ele julgara que poderia acontecer com a idade.
E sentindo que as lembranças continuavam a aflorar, deixou-se transportar até um período de seu noivado.

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Concluíra seu curso de Direito há cinco anos e iniciara suas atividades. Carla lecionava no Colégio Nossa Senhora da Glória, no bairro do mesmo nome, mas longe do Menino Deus, aonde morava com os país.
Era obrigada a fazer duas viagens de bonde para ir e duas para voltar. Achava que podiam estar casados. Noivos já há dois anos, corria l930, e Mário reencontrara parte de sua turma de Direito e alguns outros amigos mais jovens, cheios de ideais, com quem passara a conviver de forma quase constante.
Era Presidente do Estado o Dr. Getúlio Vargas. Na turma que entrava na Faculdade de Direito naquele ano, estava um dos jovens filhos de amigo do velho Ávila, Daniel Krieger, e junto com ele, José Gay da Cunha, sobrinho do General Flores da Cunha, Telmo Jobim, Mário Diffini, Luis Flores da Cunha, este filho do General e entre muitos outros, Luisa Barreto Leite, única mulher do grupo.
O Brasil servia de palco a profunda luta política. Nesta, Júlio Prestes e Getúlio Vargas se defrontavam. Um verdadeiro confronto aberto entre Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Nordeste contra São Paulo e seus aliados. Na verdade, estava em questão a continuação do domínio econômico inglês, que ainda predominava, contra a sutil penetração norte-americana, buscando novas zonas de influência. A crise mundial de l929 era sentida por toda a América do Sul.
A Aliança Liberal aglutinava líderes que, até há pouco, vinham disputando o poder no estado. Entre os mais ferrenhos defensores da luta armada para que Getúlio fosse levado ao poder, estava João Neves da Fontoura, do Partido Republicano, herdeiro político e dileto de Borges de Medeiros, que quase se eternizara no governo do estado, e junto a ele, Batista Luzardo, deputado e guerreiro do Partido Libertador, inimigo frontal do mesmo Borges de Medeiros, excepcional orador, dono de todas as características populistas tão utilizadas naquela época conturbada. A Aliança Liberal era um grupamento político de pouca ou nenhuma consistência, mas que reunira em seu bojo praticamente todos os inimigos do então Presidente Washington Luiz, inimigos também da continuidade da predominância de São Paulo no poder.
Por baixo do pano, sem preocupação com defesa das liberdades ou do voto livre, sem visar somente a transferência do poder para outro eixo que não São Paulo, um trabalho discreto, mas nítido àqueles que tivessem mais tino era percebido: organizações industriais e bancarias dos Estados Unidos davam apoio, inclusive financeiro, aos opositores do Governo.
Como é normal de suceder com os jovens, o grupo do qual Mário Ávila participava não estava imune à propaganda persistente e eficaz da Aliança Liberal. Era candidato à Presidência da República, Getúlio Vargas, político moderado, formado sob o inquestionável comando de seu líder, Borges de Medeiros. Já fora, antes de eleito para a Presidência do Rio Grande do Sul, Ministro da Fazenda e Deputado Federal.
Relutando bastante para aceitar sua indicação como candidato a Presidente da República, tinha como companheiro para vice o Paraibano João Pessoa. Não lhe era do feitio participar de lutas escancaradas de contestação ao poder. Sempre fora um político hábil nas negociações de bastidores, chegando a seus objetivos principalmente graças a manobras e acordos.
O movimento da Aliança Liberal se alastrou pelo país, tendo inclusive como tribuna de propaganda a Câmara dos Deputados e o Senado, criando circunstâncias que fizeram de Getúlio Vargas o chefe do maior movimento político popular do Brasil de até então. Com a derrota nas urnas, resultando na vitória de Júlio Prestes e as acusações de fraude eleitoral, a morte de João Pessoa, assassinado em Pernambuco, fora a gota d’água que levava a uma atitude decisiva.
O grupo que Mário Ávila integrava, tomava parte em reuniões de um setor revolucionário liderado pelo Secretário do Interior, Dr. Osvaldo Aranha, e sob o comando do tenentista Átila Salvaterra.
Pensavam estes jovens, todos entre dezenove e trinta anos, estarem diante de uma situação irreversível que os conclamava à luta armada para tentar salvar o país daqueles que, detentores do poder, nada mais respeitavam. A liberdade, o uso adequado do voto secreto, os direitos do cidadão, o respeito à Constituição, tudo tinha sido miseravelmente ignorado pelo Presidente Washington Luiz.
O povo ia para as ruas, cobrando de Getúlio uma atitude resoluta e definitiva. As passeatas pediam vingança pela morte de João Pessoa e ocupavam vários quarteirões da Rua da Praia, subindo a General Câmara em direção ao Palácio do Governo. A guarda, efetuada pelos homens da Brigada Militar, fora reforçada em todos os portões do Piratiní. Getúlio, apesar dos chamados, não deu o ar de sua presença e o povo decepcionado, desceu para o Largo do Medeiros, onde no Clube do Comércio se encontravam João Neves da Fontoura, Lindolfo Collor e o General Flores da Cunha.
Aos gritos, a multidão enchia a Praça da Alfândega em frente ao clube, pressionando para que algum de seus líderes viesse a público manifestar-se. Por fim, desceram João Neves e Flores da Cunha, dizendo em discurso breve que tudo fariam para salvar o Brasil dos usurpadores do poder. Ao mesmo tempo, vinha a informação de que Osvaldo Aranha se encontrava no Grande Hotel, a meia quadra dali. Desta feita o fantástico orador que era esse homem não se fez esperar. Da sacada do primeiro andar falou ao povo de forma franca, direta e entusiasta, como era de seu perfil. Ali surgia uma das frases mais fortes que o Brasil escutou em qualquer momento de sua história:
-Faremos a Revolução que o povo quer, com o Governo ou sem o Governo do Rio Grande do Sul a nosso favor! O Rio Grande está de pé pelo Brasil!
Sob o delírio da multidão Osvaldo Aranha, o mais querido líder, transformava-se no maior dirigente político do estado. Perspicaz, inteligente, perfeito cavalheiro, bom amigo e velho lutador, apesar da pouca idade, encarnava a chefia da Revolução já em marcha.
Seu secretário, Moisés Velhinho, exercia muita influência sobre o caudilho, devido a seu grande conhecimento histórico e impecável formação acadêmica, acompanhado também por Maurício Cardoso, outra indiscutível inteligência do movimento de l930. A revolta se iniciava, ainda que Getúlio Vargas relutasse tanto que, em Porto Alegre, todos acreditavam que ele não fosse participar da Revolução. Terminou cedendo e a data foi marcada.
Sobre o grupo, do qual Mário Ávila participava com certa ascendência, muito pesavam as opiniões de Moisés Velhinho, seu companheiro de turma na Faculdade de Direito. Na verdade, a partir disto, acontecera de Mário agora estar ligado a diversos jovens que tinham a indiscutível liderança e alguns, laços de parentesco muito próximos do General Flores da Cunha. Seus filhos e quatro sobrinhos envolviam-se ativamente nas conspirações. No dia 3 de outubro de l930, às cinco e meia da tarde, começavam a movimentar-se. Reunidos na Loja Maçônica da Jerônimo Coelho, entre a Borges de Medeiros e a Praça da Matriz, perto do Palácio do Governo, cada um recebeu um revólver 38 e uma caixa de balas.
O grupo era chefiado por Hibernon Machado e, passando pelo Palácio, já seguindo para o local de seu objetivo, no portão principal, junto de seus secretários, Getúlio Vargas lhes acenou. A marcha continuou em direção à Usina da Companhia de Energia Elétrica na ponta da cadeia, no Gasômetro. Desceram a Duque de Caxias. Próximo à Usina escutaram-se os primeiros tiros, vindos do lado em que ficava o Quartel General da 3a. Região.
A cada minuto que passava os tiros eram mais intensos. Já na Usina, alguns engenheiros americanos foram presos juntamente com o pessoal mais graduado. Sentiam-se tensos e emocionados.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Dica do dia, para a vida pessoal:

Não é possível medir quem entristece mais quando ocorre uma separação. Difícil definir, de forma clara, se o homem ou a mulher. Mas, predominantemente, é aquele que se sentiu deixado, e não exatamente aquele que teve a iniciativa de afastar-se. Em muitos casos, o que toma a iniciativa é o que mais está ferido pelo outro. Atingiu seu limite de suportar e resolve romper. Mas é, ao mesmo tempo, o que mais sofre, porque, às vezes, sentiu-se abandonado antes da separação, e esta foi apenas um corolário dos fatos que vinham vivendo.

O Amor como algo maior - Parte 7

A memória, no amor, não é o mais fundamental. O amor fica registrado, e permanece em nós, como uma ponte entre a vida e a existência que levamos, sobrevivendo sempre, em imagens, em nuances, em sopros não identificados – e o que menos importa é de onde surgem estes sopros, desde que estejam presentes. O tempo nos leva a entender a vida melhor. O tempo nos faz ver que, aqueles que passaram por nossas vidas, que nos ensinaram seus caminhos, viveram sacrifícios que nem sempre identificamos e entendemos ao momento de seu acontecimento.

O que mais devemos levar em conta é viver de acordo com nossas convicções e sentimentos. É preciso admiti-los de forma honesta, vivendo-os com autenticidade, enfrentando suas conseqüências. A primeira exigência do amar talvez seja a admissão de nossas vulnerabilidades. Se outros, por vezes, por instinto de defesa ou por fraqueza, não admitem as suas, não permitamos que nos ridicularizem.

Afinal, ser autêntico, mostrar nossas verdades, mesmo que estas reflitam nossos pontos frágeis, é a primeira forma de podermos dar algo aos outros. E viver como um grande é, principalmente, admitir-se que enfrentamos todos os mesmos fantasmas e ameaças. Apenas, alguns aprendem a entendê-los melhor, e por isso os encaram de forma mais lúcida.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Dica do dia, para o trabalho e vida pessoal:

Todo dia parece ter algo que nos deixa tensos. Às vezes é um problema no trabalho no qual ficamos envolvidos um bom tempo e que levamos para casa. Outras vezes é uma preocupação com um filho. Podem ser também conflitos, preocupações e ansiedades com dinheiro, relacionamentos e tantos outros. O resultado disto é tensão e estresse, em níveis variados.

De fato, parece mais realista esperar que, ao longo de cada dia, passemos por situações e emoções variadas. Mas se você não tem uma alternativa para lidar com os problemas, ou precisa esperar o fim de semana para relaxar, as tensões geradas vão se acumulando no corpo. Quer testar? Observe sua testa. Está relaxada? E seus ombros? Que dizer das tensões que você pode nem estar mais notando?
Procure desenvolver sua capacidade de meditar. A meditação vai auxiliar na solução de seus problemas e das tensões por eles geradas.

Atitudes das mulheres que agradam aos homens (2)

6 – Aceite que ele ande com o braço sobre seu ombro quando esteja a caminhar com você. Isto permite que esteja a “ver” qualquer coisa que possa ameaçá-la, já que está “atrás” de você. Demonstra carinho e atenção e prova que ele a quer proteger. Então, não lhe reclame, nem entenda que ele a quer comandar. É típico do “macho” no reino animal ter o instinto de proteção à fêmea.

7 - Quando fizerem compras, deixe que ele empurre o carrinho. Ou sugira que o faça, caso ele não se lembre. E, ao encerrar as compras, que ele carregue os pacotes mais pesados, seja para colocá-los ou retirá-los do carro, seja para descarregá-los e levá-los para casa. Da mesma forma, quando houver em casa um trabalho que exija força, ou que possa machucar as mãos, peça-lhe ajuda. Ele verá que lhe agrada ser ajudada e entenderá que está cumprindo seu papel.

8 - Ao entrar em casa, no carro, em um restaurante ou cinema, permita que ele a faça passar á sua frente. É cortês, inspira educação e proteção, além de comprovar que ele é um cavalheiro. E, quando for subir no automóvel, se ele abrir a porta para você, não diga que não é necessário. Não queira ser uma “mulher independente”, o que, na verdade não tem nada a ver com aceitar uma atitude de delicadeza.

Atitudes dos homens que agradam às mulheres (2)

6 - Ande com o braço sobre o ombro de sua companheira quando esteja a caminhar com ela. Isto o obriga a vir “depois dela”, o que permite que esteja a “ver” qualquer coisa que possa ameaçá-la. Demonstra carinho e atenção, pois a faz sentir-se protegida.

7 - Quando fizerem compras, empurre o carrinho. E, ao encerrar as compras, carregue os pacotes mais pesados, seja para colocá-los ou retirá-los do carro, seja para descarregá-los e levá-los para casa. Da mesma forma, quando houver em casa um trabalho que exija força, ou que possa machucar as mãos, faça-o você. Comprove que se preocupa com ela.

8 - Ao entrar em casa, no carro, em um restaurante ou cinema, faça-a passar á sua frente. É cortês, inspira educação e proteção, além de comprovar que você é um cavalheiro. E, quando for subir no automóvel, espere-a entrar, sentar-se e feche a porta, para depois dar a volta e entrar você também.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Dica do dia, para o trabalho e vida pessoal:

A Meditação é um estado que promove auto-conhecimento, pois reconhece como mutável os padrões de comportamento, crenças e valores internos adotados pela sociedade, educação e familiares. E também é um estado que reconhece como imutável a serenidade natural do Ser por trás de todos os pensamentos, sentimentos e sensações. Meditação gera possibilidades e não limitações. Meditação nos conecta com o mundo e com a Vida e não o contrário.

A Meditação consiste de práticas diárias, envolvendo essencialmente concentração da atenção. Embora apareça com uma aura mística, sua prática regular proporciona vários benefícios e aperfeiçoamentos práticos, como:

- descanso físico, mental e emocional
- aumento da capacidade de concentração
- maior auto-liderança
- maior liberdade de escolha
- senso de identidade mais livre e mais rico em possibilidades.

O Amor como algo maior - Parte 6

Algumas das origens em nossas dificuldades de amar podem estar localizadas em nossa infância. Muitas vezes, se filhos de famílias com vários irmãos, alguém sentiu-se deixado de lado em alguma ocasião especial, ou, quem sabe, por toda sua infância, sem externar isso, ou sem, sequer, identificá-lo claramente. Aos pais cabe, sem dúvida, tentar dar a atenção merecida a todos seus filhos. Mas, por vezes, isto é deturpado por situações que fogem ao controle de todos.

Se temos, por exemplo, um jardim, onde plantas diversas crescem, algumas mais viçosas, outras mais frágeis, às vezes tomadas por pragas, a todas elas devotamos nossa atenção e cuidados, mas teremos que nos voltar a salvar as que apresentam maiores problemas. Isto não significa que estamos deixando as demais de lado. Mas, justamente, as que mais brilho apresentam, serão, provavelmente, as que receberão menos atenção. Teremos, se desejarmos salvar a todas, que nos voltar àquelas que exigem um carinho maior, um forte apoio, um olhar constante.

Estaremos cumprindo nosso papel de jardineiros dedicados, mas, inevitavelmente, prestando menos atenção do nosso tempo disponível àquelas que mostram ser as melhores, as mais fortes, e, no entanto, tão merecedoras de nossos cuidados quanto as demais. Com isto correremos o risco de criar “ressentimentos”. Afinal, o forte possui os mesmos sentimentos e necessidades do fraco. Apenas as transparece menos. Apenas, por natureza ou recursos próprios, se sai melhor frente às intempéries da vida.

E estaremos a repetir, em um simples jardim, os processos diuturnos que preenchem nossas vidas familiares. E que geram sim conseqüências. O tempo dirá se mais ou menos influentes na formação e na personalidade de cada um daqueles a quem ajudamos a formar. E só a maturidade poderá contorná-las, poderá amenizá-las. Quem sabe, quando nossos filhos também possuam seu “jardim”, e verifiquem que cada planta que o compõe exige deles um tratamento e um tempo específico.

Então, irão perceber que foram todos amados da mesma forma, cada um recebendo aquilo que estava a nosso alcance ofertar-lhes, de acordo com suas necessidades aparentes e com as possibilidades que dispúnhamos para fazê-lo. Não importa se por muito ou por poucos momentos, se de forma mais ou menos intensa, mas em todos os casos, de forma autêntica, cheia de dedicação e de esforço para que crescessem saudáveis. E este amor, que lhes foi passado irá refletir-se no amor que então estarão a passar aos outros.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Dica do dia, para o trabalho e vida pessoal:

Amar é querer que sejamos o que somos, ainda que possamos melhorar. Amar é alegrar-se com o crescimento de quem se ama, sem desejar que se torne igual a nós. Amar é incentivar idéias, sonhos, individualidade e futuro. Amar é andar junto pelo prazer de se acompanhar, sem obrigações e sem cobranças. Quem ama simplifica a existência do outro, não por eliminar ou evitar as dores, mas por estar junto de nós quando estas se aproximam.

Esposas e maridos: amantes? (1)

Mulher: Seja você mesma, descubra o que é importante para você e aprenda a ir à luta, em busca das próprias realizações. Nenhum homem suporta o peso de buscar atender “todas” as expectativas da mulher. Deixe o ressentimento de lado e assuma a sua parcela na responsabilidade pelos fatos. Ter consciência das próprias atitudes é o melhor modo de se tornar capaz de agir a seu favor. Onde foi que você deixou de investir na relação, tornou-se mais preocupada com a vida prática, se descuidando da importância do carinho, do sexo e do entendimento entre vocês?

Você aceita seu marido como ele é, sem ficar criticando ou comparando seu comportamento? Muitas vezes, por não se sentir aceito, o homem vai se distanciando da mulher. Nada de acusações, dramas ou de se fazer de vítima. Enfrente os fatos como são e não tente se comparar com outras. Torne-se uma mulher sedutora, interessante, e busque reconquistar o relacionamento a cada dia. Faça uma análise sobre em que andou falhando. Proponha-se a mudar o seu comportamento negativo sem medir esforços para isso.

Homem: Seja autêntico, tenha consciência de que é o responsável pelas suas realizações. Nenhuma mulher consegue atender “todas” as expectativas do homem. Coloque o orgulho de lado, abandone o machismo e não se deixe abater por preconceitos. Assuma a sua parte nessa situação e se proponha a recomeçar. Onde foi que você deixou de entrar em contato com os sentimentos da sua mulher, de dar-lhe carinho e atenção, e de continuar a seduzi-la antes de fazer sexo?

Você aceita a sua mulher como ela é, sem ficar cobrando, criticando ou exigindo que ela o satisfaça em todas as suas vontades? Muitas vezes, a mulher “esfria” por não sentir que o marido se importa com ela. Nada de acusações, dramas ou represálias. Não é momento de se permitir um machismo que não levará a lugar algum. Aceite os fatos como eles são e busque reconquistar a sua mulher. Faça uma auto-análise e perceba onde andou falhando. Comprometa-se com você mesmo a mudar de comportamento e dê o melhor de si nesta tarefa.

A sociedade suspeita dos que amam. Há certa postura de desprezo, como se os apaixonados fossem ingênuos e irrelevantes, um tipo de impostores. Com o passar do tempo, com a evolução das tecnologias, com o avanço das comunicações e banalização dos sentimentos, as qualidades do amor, como ternura, compromisso, generosidade, cuidado e confiança, foram relegadas a um patamar secundário. Como poucos conseguem crescer no amor, prefere-se o desprezo aos que o conseguem.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Dica do dia, para o trabalho e vida pessoal:

Se o estresse já lhe tomou conta, se vive um momento de tensão, lembre de outra situação ou pessoa que lhe faça bem. Concentre-se neste pensamento. O cérebro, que não estabelece diferença entre o real e o imaginário, irá recriar a sensação de bem-estar em seu organismo.

O Amor como algo maior - Parte 5

Quem ama não aponta defeitos ou imperfeições do outro, mas ajuda a reduzi-los ou eliminá-los, admitindo suas próprias fraquezas. Amar é abrir espaços, superar os erros, ganhar força para superar frustrações, oferecendo apoio para encorajar cada recomeço. A mágoa e os desapontamentos são parte do amor. É preciso ter cuidado para não julgar e censurar. Devemos compartilhar pensamentos, mesmo os mais íntimos, para encontrar forças que nos levarão a perseguir sempre nossos ideais, nossos sonhos e nossos planos.

Amar é servir de espelho. Buscar refletir traços da personalidade do outro, com uma perspectiva diferente quando preciso. E é nas dificuldades que se revelam os verdadeiros amigos, quando se constata o que, de fato, cada um está disposto a dar de si, para manter o amor e a amizade vivos. Quem ama passa forças positivas, que não cessam nem com a morte. Estas forças continuam a viver conosco, em nosso coração e em nosso pensamento, acompanhando nossos atos, idéias e decisões.

O verdadeiro amigo, o verdadeiro amor, não é substituído. Outros poderão surgir, e viveremos de novo. Mas não tomarão seu lugar, pois fazem parte de nossas mais recônditas riquezas. Em função deles passamos a ter mais o que oferecer, junto a nossos demais relacionamentos atuais e futuros. Mas não nos deixam, não esmaecem com o passar do tempo. Para isso, necessário viver com intensidade, entregando-se e envolvendo-se, sem perder de vista que o amor e a amizade, quando verdadeiros, respeitam e valorizam a dignidade de cada um.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Dica do dia, para o trabalho e vida pessoal:

Ser sincero não significa ser grosseiro ou ter atitudes inadequadas. Sinceridade é a capacidade de falar e agir de forma honesta com seus princípios, mostrando de forma autêntica o que você é, o que você pensa e o que deseja. Principalmente quando se almeja crescer no ambiente de trabalho, a falta de sinceridade pode levar a conseqüências trágicas. Os outros “sentem” que estamos “fazendo um tipo”. E perdemos a credibilidade. Na vida pessoal, as coisas não ocorrem de modo diferente. Uma relação baseada em desonestidade não se mantém por muito tempo.

Do aprender o Amor (1)

É verdade que se aprende a amar. Algumas pessoas levam a vida inteira creditando suas incapacidades de demonstrar o amor, como gostariam de fazer, a falhas ou omissões daqueles que as criaram. Desta forma, se justificam e se limitam a aceitar que a sorte foi lançada e nada existe a ser feito, transformando seu passado em bode expiatório, racionalizando suas próprias fraquezas e limitações, sua solidão e desamor.

Mas não há verdades nesta postura, e sim buscas de apoio para a própria incapacidade de achar soluções e inovar sentimentos e comportamentos. Temos, todos, capacidade de alterar pensamentos, atitudes, gestos e forma de agir. Capacidade de amar completa e alegremente é um segredo que reside no conhecimento e na experiência, além de estar ligado à capacidade de inovar e descobrir-se, sem temores. Mas isto se fundamenta em algo que poderíamos chamar de “viver o hoje”.

Ao buscarmos viver o amor de forma intensa, compreende-se que a dor, o desconforto, e a rejeição são componentes de um processo. Amar exige, acima de tudo, coragem, flexibilidade e esperança, jamais chegando a ser uma realidade para aqueles que desistem facilmente. E, como o amor é a mais compensadora de todas as experiências humanas, certamente, correr riscos valerá a pena. E não há limitação de datas para este tipo de recomeço.

Mesmo casais que vivem de forma medíocre, podem, a qualquer momento, reiniciar, reprogramar-se, redescobrir-se, e passar a viver o amor de forma mais intensa e saudável. Isto poderá até gerar desconfianças de parte a parte, dependendo de quem parta a iniciativa. Afinal, porque se muda algo que está acomodado há tempos? Sentimento de culpa? Alguma escapada que deixou remorsos? Uma loucura repentina? A partir de que novo sentimento ofertar mais amor depois de anos de convívio?

sábado, 17 de janeiro de 2009

Dica do dia, para o trabalho e vida pessoal:

Temos nos ocupado tanto com aquilo que "deve ser feito" que estamos, pouco a pouco, esquecendo de fazer aquilo que queremos! É fazendo o que queremos, fazendo o que nos motiva, o que irá retratar nossos sonhos, que mostramos quem somos, cada um de nós. E, só assim, daremos destaque ao que possuimos de melhor, na plenitude de nossa individualidade.

Atitudes dos homens que agradam às mulheres (1)

1 - Você se lembra de, ao sair, ou chegar, dar um beijo em sua mulher? Não importa se vai sair de casa para demorar muito ou pouco, se voltou de um dia de trabalho, ou de uma ida ao supermercado. Beije-a. O gesto de carinho vale mais que mil palavras.

2 - Você viajou a trabalho. Passou dois dias ou uma semana fora. Não importa quanto tempo ficou ausente. Mas, lembrou-se dela? Trouxe-lhe algum mimo? Pode ser algo de pouco valor monetário, mas uma prova de que pensou nela. No entanto, que não seja um liquidificador ou uma panela. Que seja algo para que ela use!

3 - Você acordou antes que ela no domingo. Custa-lhe muito adiantar o café da manhã? E prepará-lo, de preferência, com algum componente que a agrade mais? Uma torrada, um tipo de queijo, uma fruta, qualquer coisa que lhe indique que o café foi preparado com o pensamento nela, querendo agradá-la. Ela se sentirá valorizada e cheia de carinho.

4 - Você lembrou-se do aniversário de casamento? O que fez para agradá-la? E do aniversário de namoro? Não lembra de que dia começaram? Porque não presenteá-la neste dia? E convidá-la a tomar um vinho, ou a jantar fora? E demonstrar que a data é importante para você? Tanto é, que você faz questão de festejá-la.

5 - Leve flores para sua mulher. Não há dia nem hora marcada para isso. Flores demonstram carinho, e se forem vermelhas, paixão. Por vezes representam mais que um bom presente. Se puder preparar um cartão com palavras certas, melhor ainda. E ela estará sentindo-se amada!

Atitudes das mulheres que agradam aos homens (1)

1 - Você se lembra de, ao sair, ou chegar, dar um beijo em seu companheiro? Não importa se vai sair de casa para demorar muito ou pouco, ou se chegou do trabalho, ou de uma saída para fazer compras. Beije-o. O gesto vale mais que mil palavras. E você estará a mostrar-lhe que também gosta de ser beijada.

2 - Você viajou. Passou dois dias ou uma semana visitando sua mãe que mora longe. Não importa quanto tempo ficou ausente. Lembrou-se dele? Trouxe-lhe algo? Mesmo de pouco valor, mas uma forma de demonstrar que pensou nele. Mas, que não seja uma ferramenta. Que seja algo pessoal, que ele use! E vai indicar-lhe que você gosta de ser presenteada.

3 - Você acordou antes que ele no domingo. Sabemos que, na maioria das vezes, é você quem faz o café da manhã. Mas o fez pensando em agradá-lo? Vai sugerir, com sua atitude, que ele pode, às vezes, fazer a mesma coisa.

4 – Ele se esqueceu do aniversário de casamento de vocês? O que fez você para lembrá-lo? E do aniversário de namoro? Não lembra mais do dia em que começaram? Bem, é muito chato, mas não vale um tumulto. O que foi que você tentou fazer, de forma discreta, para lembrá-lo antes que a data chegasse? Ou, sem nada fazer, você ficou quieta sabendo que ele esqueceria “de novo”? Poderia tê-lo convidado a tomar um vinho, ou a jantar fora, e demonstrar que a data é importante para você. Tanto que você faz questão de festejá-la. E teria evitado tristeza, lamentações e, quem sabe, uma briga em um dia que deveria ser especial.

5 – Você ganhou flores de seu marido. Se acompanhadas de um cartão com palavras de amor, melhor ainda. E você demonstrou toda a alegria que lhe tomou conta? Foi efusiva para agradecer-lhe? É importante que você “dê o troco” adequado. Caso contrário, sua indiferença e pouco caso irão levá-lo a achar que não valeu a pena.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Dica do dia, para o trabalho e vida pessoal:

A Adrenalina negativa corrói o organismo, fecha artérias, entope neurônios, limita a criatividade e leva ao estresse. Contrariamente, quando riem, quando transmitem alegria, as pessoas alavancam os enzimas da motivação, ferramenta indispensável em momentos de crise. Não há espaço, no ritmo e nas proporções das necessidades atuais, de enfrentar mudanças, sempre desafiadoras e se sucedendo em espaços de tempo cada vez menores, para permitir-se tristezas ou pensamentos pessimistas. E o bom humor é locomotiva de novas forças, de novas idéias e iniciativas.

O Amor como algo maior - Parte 4

Muitos são os ricos e os famosos que não viveram o verdadeiro amor. Terão deixado seu nome em autógrafos e documentos, mas, certamente, viveram emoções menores do que aqueles que escreveram seus nomes em alguns poucos corações, mas que guardaram lembranças vívidas e nítidas dos momentos de amor em que tomaram parte. Estas sim são lembranças que ficam gravadas de forma indelével, permanecendo ao longo dos tempos.

Romances são exemplos significativos do poder de amar. Porque nos levam a entender que palavras como desespero e impossível não têm significado quando se ama. O amor transcende parâmetros sociais e religiosos, com o que, passar pela vida, sem viver um verdadeiro amor, é abrir mão de uma das experiências mais desafiadora, mas também mais satisfatória da existência humana. Nós, humanos, temos uma instintiva necessidade de conviver. E, por estarmos sempre rodeados de gente que conhecemos casualmente, ou fruto de convívio fortuito, chamamos a uns de amigos, a outros de amor, quando são apenas conhecidos.

Ter um amigo, desfrutar de um amor, é diferente. É algo mais sagrado. Implica no conhecimento, no compromisso de duas pessoas, mesmo que por um período de tempo, através do convívio com conflitos, alegria, infelicidade e mudanças. Implica em esforço constante, cuidado e atenção. E, a maioria das pessoas, ainda que não o aplique, sabe que a melhor forma de ter amigos é sendo amigo. A melhor forma de encontrar o amor é dando amor. Mas, que é necessário trabalhar com afinco para identificar e fortalecer os elos destas correntes.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Dica do dia, para o trabalho e vida pessoal:

Como bem estabelece a palavra, dialogar se trata de estabelecer um caminho de duas mãos: falar, emitir opiniões, e ouvir, escutar opiniões alheias. Dialogar é “trocar” informações sem permitir que se estabeleçam choques. As necessidades de diálogo não se restringem somente ao campo profissional, mas ao campo familiar, social. Estas dificuldades não atingem só os que preferem falar sem ouvir os outros, mas também àqueles que só escutam e se deixam calar, sem opinar.

O Amor como algo maior - Parte 3

Temos – os humanos - por um lado, a compreensão e o desejo de crescermos com a descoberta e com a vivência do amor, e por outro, uma sociedade, na qual vivemos, que dificulta tornar realidade estas práticas. É preciso ser forte para perseguir o sonho. E muitos terminam por achar mais fácil desistir da busca do amor, reservando-se de possíveis agruras, juntando suas forças para tentar superar os obstáculos outros que a sociedade lhes impõe.

Estar aberto para amar, acreditar e crer no amor, ter esperanças e vivê-lo intensamente, exige muita força. As pessoas tendem, devido às dificuldades enfrentadas, a não saberem lidar com isto, mesmo, por vezes, quando descobrem terem chegado a isto. Procuram uma pessoa para exaltar, escolhendo-a cuidadosamente. Passam algum tempo a seus pés, adulando-a, tentando moldá-la, e depois se satisfazem com seu massacre.

Como vivemos em um mundo cheio de pessoas não amorosas, vemos mais a imperfeição, o egoísmo, a crueldade, a decepção, e o contentamento – poderíamos chamar de acomodação - em lidar com os próprios defeitos e limitações. Não podemos culpar o mundo, entretanto, por não dispormos de força para superar as rejeições e nossa própria insensibilidade. Temos que ser resolutos, sem vacilações. Na verdade, não dependemos de nada nem de ninguém para encontrar o que buscamos.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Dica do dia, para o trabalho e vida pessoal:
Esperar que as coisas aconteçam por si, pode se traduzir em longas esperas. Os mistérios do amor criam em nossas mentes uma aura de magia, mas, ao mesmo tempo, de incertezas. Abra-se, então, de forma autêntica e inteira, para novas emoções. Na vida, como nas guerras, quem não arrisca, não avança. Há que se ter impetuosidade, permitir-se entregar-ser aos sonhos. E neste entregar-se, importante não repetir receitas que já falharam. Existem pessoas que só aprendem a se relacionar com um tipo. Falham uma vez, e repetem seus próprios erros de escolha a cada tentativa. Como se desejando justificar-se nas falhas alheias.
De certa forma, assim também ocorre no trabalho, quando, frente a dificuldades, nos entregamos a longos debates, por vezes não localizando o foco dos problemas que dificultam nossa evolução. Há que se avaliar aptidões, melhorar nossa capacitação, não tomar outros como exemplos absolutos, mas partir do próprio potencial que descobrirmos possuir.

O Amor como algo maior - Parte 2

Viver no amor e com amor é um dos maiores desafios da vida. No amor existe - e nele convivem – a sutileza, a flexibilidade, a sensibilidade, a compreensão, a tolerância, o conhecimento e a força , mais do que quaisquer outros sentimentos que exijam esforço e emoção, pois o amor e o mundo atuam hoje como duas grandes correntes contraditórias. Só quem se admite vulnerável aceita e oferece o amor. A gentileza só pode vir do forte! É o fraco que é cruel. (Leo Buscaglia)

Da mesma forma, revelar nossas vulnerabilidades, em nossa vida do dia-a-dia, nos leva ao risco de sermos explorados, de tentarem obter vantagens sobre nossas fragilidades. O caminho talvez seja nos mostrarmos com algumas reservas, resguardando parte do que temos a revelar, mas sujeitos, então, a recebermos em troca de nossos sentimentos, também uma parcela controlada – em medidas calculadas – do que nos julgamos merecedores, ou do que esperamos como retribuição.

Assim, somos levados a entender que a oportunidade de viver um grande e profundo amor, está em ofertar tudo que temos, sem medos ou receios, arriscando-nos a receber pouco, ou bem menos do que sejam nossas expectativas. Confiar e acreditar no amor poderão ser as únicas formas de tentar encontrar seu caminho. Neste momento não podemos considerar juízos externos, normal que será nos rotularem de sonhadores, idealistas ou tolos.

Melhor ser taxado desta forma do que classificado como estranho, indiferente ou impotente. As práticas do mundo moderno sugerem que amar integralmente pode ser algo estranho, como se a realidade separasse o amor de outros sentimentos e comportamentos humanos. Não é, portanto, surpreendente que tanta gente enfrente enormes dificuldades para encontrar alguém que lhe corresponda aos sentimentos, e – juntos – construírem laços de ternura e entendimento.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Dica do dia, para o trabalho e vida pessoal:
Leia! Em livros, em jornais, na internet, em revistas. Mas leia! A cada dia busque aprender algo novo. Busque mais conhecimento! A televisão e o computador em si não passam conhecimento. É preciso buscá-lo. Não se permita parar! O tempo passa célere e ficamos para trás se não buscarmos crescer naquilo que dominamos, ou se esquecemos a tentativa de melhorar nosso nível cultural. Você vai se sentir melhor sempre que puder falar sobre mais coisas e participar de mais assuntos quando está reunido com amigos ou colegas de trabalho. Além disso, sua companhia e presença serão mais interessantes à pessoa com quem divida sua vida.

O Amor como algo maior - Parte 1

Os modernismos minimizam as buscas do amor. Ninguém pode negar que chegamos a um ponto crítico. Entender que o mundo pode melhorar com o amor, virou zombaria. Temos que voltar a desenvolver respeito pela vida. Aumenta o número de fatalistas que acreditam termos atingido algo sem volta. Algo de óbvio deve ser admitido: os métodos convencionais para promover a paz e o bem-estar estão superados. Ao observarmos a vida de hoje, encontramos ódio, violência, preconceito e desprezo pela vida e pelos sentimentos mais nobres.

Os grandes destaques dos noticiários são as estatísticas de mortos, em guerras convencionais, ou no dia-a-dia de nossas cidades. Defrontamo-nos com a fome, com a desnutrição, as agressões à natureza, e a formação de riquezas cada vez mais desproporcionais aos esforços efetuados para dar mínimas condições de dignidade aos menos privilegiados. Condicionamo-nos à gradativa destruição do potencial humano, esquecendo que o amor é uma alternativa possível.

Contudo, o amor só pode funcionar quando abrimos mão de normas que continuam a nos paralisar. É preciso desafiar os preconceitos, que classificam o amor como uma tolice romântica, idealista, não intelectual. Precisamos buscar e aceitar o amor, como uma força universal, algo que unifica e promove o bem, acessível a todos que, de fato, o desejarem. Se conseguirmos perceber que o amor tem o poder de afastar mesquinharias que separam as pessoas, que é possível descobrir, através dele, que todos têm um coração, teremos dado o primeiro passo para a busca da felicidade e do entendimento.

Amar é viver de forma abrangente. Amar convida a compartilhar experiências, muito mais do que a impor concepções. Amar é desafiante, e exige ser maior. Todos buscam algo que dê maior significado às suas existências. É preciso sair de dentro de nós mesmos, intercalando nossos anseios com os anseios dos demais. Só assim poderemos nos tornar melhores amantes e seres humanos mais completos. O amor é fonte de energia, que não diminui com o uso. Ao contrário, ajuda a gerar mudanças e entusiasma quem dele desfruta.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Dica do dia, para o trabalho e vida pessoal:
“O mal você faz de uma só vez. O bem, você pode fazê-lo aos poucos”. (Maquiavel) É, de certa forma, o que, popularmente, se fala “cortar o mal pela raiz”. Se há uma crise a enfrentar, tome as medidas antipáticas de imediato. E, depois, demonstre a seus colaboradores que virão boas coisas. É mais fácil assimilar as mudanças quando se está a viver uma reação e não uma ameaça. A motivação (da reação) rapidamente substitui o sofrimento (das ameaças).

Os tempos atuais - Parte 8

É comum e normal, atualmente, que amigas convoquem reuniões em lojas de produtos eróticos, para promover o que chamam de “chá de lingerie”. Os “clubes das Luluzinhas” usam este recurso em substituição às despedidas de solteira ou mesmo a aniversários. Salões de beleza passaram a acoplar aos seus serviços as ofertas de produtos eróticos e de vestuário para melhorar a intimidade dos casais. São as mulheres as grandes responsáveis pela escolha e aquisição de “brinquedos” que servirão aos dois: ao homem e à mulher. E devemos apoiá-las a fazê-lo, visto sermos os que mais lucram com isso.

Então, se gostamos de acessórios que nos propiciam desfrutar melhor momentos especiais, em que cheiros e gostos fazem parte do novo cardápio sexual de um casal, porque não colaborarmos assumindo um papel mais ativo neste quesito? Como fazê-lo sem nos exigirmos mais que um pouco de boa memória e imaginação? Como “apimentar” as horas que antecedem os melhores momentos? Como ajudar as mulheres a se tornarem amantes mais ativas ainda? Como levá-las a olhar os homens como os amantes que, em sua expectativa e fantasias, todas gostariam de ter?
O fascínio pelo sonho de um amor eterno continua presente em homens e mulheres de todo o planeta. Mas, ao contrário do que desejariam os que embarcam no sonho, a união perfeita, com freqüência, dá origem a todo tipo de processos de separação e divórcios, que lotam as varas cíveis e os consultórios de psicólogos e psiquiatras. Como explicar, então, o fato de que os casamentos continuam em alta, ao mesmo tempo em que as estatísticas apontam para um número cada vez maior de separações?

sábado, 10 de janeiro de 2009

Dica do dia, para o trabalho e vida pessoal:

Conflito (como lidar): O conflito pode fazer aflorar virtudes, mesmo em discussões mais acaloradas. Discussões construtivas, sobre idéias, não discussões de teor pessoal, conduzem a um desempenho superior, especialmente quando as equipes envolvidas executam trabalhos não rotineiros. Desafiar idéias é uma prática que pode ser adotada para descobrir a verdade sobre as pessoas. As mais fracas, mais serviçais, e covardes, demonstrarão suas características rapidamente, com o que você identifica quem prejudica a organização. Conflitos em torno de idéias, em uma atmosfera de respeito mútuo, desenvolvem idéias melhores e geram melhor desempenho. Quando membros da equipe se envolvem em conflitos pessoais, discutindo motivados pela raiva ou pela contrariedade, a criatividade, o desempenho e a satisfação no trabalho sofrerão prejuízos inimagináveis. Este é o tipo de conflito emocional, interpessoal, quando pessoas se digladiam por se desprezarem ou por tentarem prejudicar umas às outras. O conflito construtivo tem lugar quando equipes baseiam a discussão em informações atuais e factuais, gerando alternativas para os negócios, que enriquecem o embate.

Os tempos atuais - Parte 7

O tempero do amor, do convívio contínuo, certamente está na capacidade de inventar, de testar-se e ao outro com quem vivemos, de redimensionar limites, de romper “compromissos” com impressões alheias, de fazer valer nossa intimidade, seja onde for que estejamos. Amar é estabelecer um vínculo de cumplicidade acima de tudo.

Amar é entregar-se a descobertas, de si mesmo e do outro, juntos. Mas, para tornar isto em realidade, é preciso disposição e mente fértil, além de uma contínua vontade de proporcionar e desfrutar de felicidade e prazer. Todos os conceitos sobre amor e vida, sejam os herdados dos chineses, dos povos da Índia, do Taoísmo, do Japão, apenas para citar alguns dos mais difundidos até hoje, abordam com detalhes o sexo e o prazer dele advindo como fontes inesgotáveis do equilíbrio, da satisfação e impulsionadores de longa vida e permanência dos casais.

E, sem exceção, indicam que o homem deve ser o responsável maior pelas preocupações em conseguir que a mulher sinta-se preparada e disposta para o sexo e para a entrega total a seus jogos. Se, atualmente, quando,além do amor, vivemos altamente pressionados pelo ritmo de trabalho e compromissos, nos quais a mulher passou a ter papel de destaque, repartindo-se entre casa, família e afazeres profissionais, nada mais justo que prestar mais atenção nela.

Lembremos que este mesmo progresso, que nos propicia alegrias e pressões de todos os tipos, é responsável pela liberação de costumes e de posturas. E as mulheres têm ido atrás de seus anseios. Note-se que as lojas de produtos eróticos têm nelas sua maior e fiel clientela. Hoje já existem cadeias deste tipo de lojas que atendem mulheres com exclusividade e promovem festas e comemorações para explorar seu interesse e curiosidades.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Dica do dia para o trabalho e vida pessoal:

Arrogância: Característica daquele que se considera superior aos demais, que se acha “o melhor”, que já sabe tudo, que não precisa aprender mais, que pode ser auto-suficiente. É tipo de atitude que compromete o desempenho, afasta as pessoas e cria mal estar no ambiente em que se convive. “O mais sábio dos sábios é aquele que sabe que nada sabe.”(provérbio Chinês)

Os tempos atuais - Parte 6

Ao buscar estabelecer equilíbrio, buscar resguardar a intimidade do casal é um dos pontos que sofre conseqüências com a presença de “outros” na casa, mesmo que seja a presença de filhos, de um ou do outro, de casamentos anteriores, ou seja, nossos próprios filhos. Lidar com sua presença, a partir de certa idade, em que se tornam também “adultos”, é uma arte que exige disposição, compreensão, carinho e muita paciência. Mas é possível. Apenas, há que ter-se muito amor um pelo outro, entendendo que somos - homens e mulheres - um conjunto, de parentes, filhos, irmãos e amigos. E, quando vamos viver juntos, nos dispomos conviver com este conjunto que, normalmente, existe.

Desta forma, trabalho, escola, deveres, lides domésticas, mães ou pais, filhos (os meus, os seus, os nossos), irmãos, primos, amigos, são parte de nossas vidas, uns mais, outros menos importantes, visto que o principal é conviver de forma harmoniosa, já que amar começa por cada um, em si mesmo. Buscar soluções para as dificuldades geradas em nosso dia-a-dia é função do casal, amparada que deve estar no bem querer de ambos, na vontade maior de ver o outro feliz. E talvez seja este o maior segredo: viver junto significa estar feliz porque se vê o outro feliz!

”Amar é dar, à pessoa amada, condições de realizar todo seu potencial como ser humano, confiando, amando e respeitando seus talentos, sonhos e fantasias.” Será necessário recobrar a confiança e a naturalidade, restabelecer a harmonia. Será preciso que voltemos todos a desfrutar de autenticidade, a assumir nossas partes mais singelas, mais espontâneas, admitindo nossas carências e buscando completar-nos.

Viver pode ser muito simples, se evitarmos desejar ser o que não somos, mas pode ser mais simples ainda, e mais gratificante, se aprendermos a nos dar um pouco mais, e dialogarmos para sugerir o que buscamos e esperamos uns dos outros. Para isso, temos que admitir nossos instintos e tentar não esconder o lado “animal” que carregamos, o que não quer dizer afrontar com a rudeza, mas aceitar-nos e mostrar-nos como somos, no mais íntimo de nossos sentimentos e reações, expondo todas nossas fragilidades e virtudes.

Os tempos atuais - Parte 5

A falta de consideração por parte do companheiro, a noção de receber pouca atenção, mesmo quando esta atenção se reflete em dividir responsabilidades ou afazeres “elementares”, representa um incômodo constante e crescente, que, mais cedo ou mais tarde, se revela, na mulher, em palavras ou atitudes. Paralelamente, há casais que convivem com grande proximidade com familiares (sogras, irmãos, cunhados), outro fato que exige habilidade e boa dose de sapiência, para evitar que se criem problemas de convívio.

Uma mãe sempre presente, por vezes morando junto, seja mãe da esposa ou do esposo, estabelecerá, na maior parte das vezes, uma relação de desequilíbrio, pelo apoio frontal ou disfarçado que dará a um ou ao outro. Predominantemente, a mãe do homem interfere mais. Exerce certo “domínio”, com o que gera uma sensação de “não perceber que o filho cresceu”. Como é cômodo ter quem nos defenda ou proteja, este domínio ou interferência acaba por refletir-se em atritos com a nora, ou entre o casal. E, como é difícil tomar--se atitudes corretivas perante a própria mãe, são atritos de difícil solução.

A vida em comum, quando, na mesma casa, residir o casal com a mãe da mulher, predominantemente, é menos conflitante, pois há algum mistério, que leva a mãe a posicionar-se, muitas vezes, a favor do genro, o que não impede que se estabeleça também um conflito, desta vez entre mãe e filha. E ainda temos casos em que a companhia é de um irmão de um dos dois cônjuges, pouco pesando se é muito jovem ou adulto, mas sim que não se trata de filho do casal.

Outras vezes, em casais que estão em seu segundo ou terceiro casamento, o morar junto com filhos de um dos dois é exercício que exige do outro parceiro atitude madura e muito equilíbrio. No entanto, são situações, na maioria das vezes, inevitáveis, com as quais se precisa apreender a conviver, buscando a melhor e mais pacífica forma de fazê-lo. O casal terá constantemente que pesar os fatos, avaliando suas reações (de ambos), de modo que seja possível chegar a comportamentos que evitem o desgaste, ou que possam ser compensados pelo que sentem um pelo outro.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Dica do dia, para o trabalho e vida pessoal:

Admiração: Todo mundo gosta de um elogio. Não tenha medo de admirar escolhas e atitudes acertadas e explicitar isto com palavras. Quando se cumprimenta alguém por algo que lhe custou trabalho, tempo, dinheiro ou muito empenho, isto melhora sua auto-estima. E a pessoa o acha mais interessante, observador e charmoso. E, não esquecer, se elogia em público, se repreende, se corrige, em particular.

Os tempos atuais - Parte 4

Os homens, dos mais jovens aos mais vividos, têm demonstrado sentirem-se despreparados, em parte, para acompanhar a nova mulher, a mulher do hoje, que é uma realidade, e que está ao seu lado. Denotam, ora medo, ora surpresa, ora dificuldade em saber como comportar-se. Tornam-se mais agressivos, tentam desfrutá-la, ou agradá-la. Mas, sem dúvida, encaram uma insegurança que prejudica o relacionamento.

Em sua luta para reencontrar o rumo, ora abate-se, ora se revolta, ora amedronta-se e perde iniciativa. Com isso perdeu também um pouco do encanto que deveria provocar na mulher, que mesmo mais ativa, continua a esperar dele gestos e atitudes que a levem a interessar-se e sentir-se querida, protegida e enlevada. E isto levou ambos a um jogo de cobranças e expectativas que só tem tido perdedores.

O convívio doméstico também mudou. Hoje, na maioria das vezes, com ambos trabalhando, cuidar da casa e dos filhos passou a representar mais um ponto sobre o qual se precisa dialogar. Comumente vemos mulheres a demonstrar insatisfação com a “ausência” do companheiro. Sentem-se sobrecarregadas com compras, definição de assuntos domésticos, cuidados com afazeres relacionados à escola dos filhos e à própria arrumação da casa. Por tradição, pelo tipo de educação tradicional, os homens pouco fazem. Mas até isto está se modificando, devido às novas situações geradas com as ocupações profissionais de homens e mulheres.


É preciso, através de diálogo, estabelecer uma negociação que permita chegar a novas atribuições de cada um, com o que o peso se equilibre em proporções mais igualitárias, aliviando a carga que sempre coube à mulher. Deixá-la a carregar este fardo, gera cansaço e desgaste, depois refletidos na relação mais íntima, ocasião em que a disposição pode não ser a mesma. Ou poderá sê-lo, mas trazendo mágoas externadas ou não, que, ao longo do tempo, irão traduzir-se em feridas de difícil tratamento.

Os tempos atuais - Parte 3

“As grandes paixões são eternas por suas dificuldades, e quanto maiores os obstáculos, mais sólido seu resultado final. Crises podem ser a melhor ferramenta para o conhecimento mútuo. Os casais discutem para se amar. Quando há sinceridade as pessoas se mostram como são, com seus defeitos e preferências. É preciso discutir com a pessoa amada, objetar com o mesmo entusiasmo com que se apóia. Consome-se muito carvão para fazer funcionar uma locomotiva, Sem fogo, não há energia suficiente para arrastar os pesados vagões da existência.” (Alberto Goldin, Psicanalista, colunista da Revista de Domingo, jornal O Globo).

“Talvez esteja na hora de pensarmos nos modos e nas forças do amor. Para muitos, a idéia de que o amor é uma possibilidade real traz esperanças a uma vida que, do contrário, seria vazia. O respeito mútuo, a delicadeza, a bondade, e a confiança, podem, por acaso, abalar um relacionamento? O amor tem o poder de unir sem tirar a dignidade de outra pessoa, sem roubar seu próprio eu. O amor mantém a soberania e coloca tudo acima de ideologias ou raças. É o amor que fornece energia necessária para sobrepujar problemas e amainar desesperos”. (Leo Buscaglia, Escritor ítalo – americano)

Por outro lado, os homens, dos mais jovens aos mais vividos, têm demonstrado sentirem-se despreparados, em parte, para acompanhar esta nova mulher, que é uma realidade, e que está ao seu lado. Denotam algo que soa como certo medo, surpresa, dificuldade em saber como comportar-se perante ela. Ora se tornam mais agressivos, ora rotulam a mulher sob um tom crítico acima da realidade, ora tentam desfrutá-la, ora agradá-la. Mas, sem dúvida, encarando uma insegurança que prejudica o relacionamento.

Não assimilaram, alguns, talvez a maioria, que a mulher de hoje tem mais iniciativa, é mais destemida e se joga para a vida de forma mais franca. Por muito tempo o homem foi, socialmente, o dono das decisões. Era ele que escolhia a quem, para que, onde e quando. E, depois, quem impunha o que fazer e como fazer. Com a mudança dos costumes e com os novos comportamentos assumidos pelo sexo oposto, viu-se perante uma realidade na qual se sente um tanto perdido.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Dica do dia, para o trabalho e vida pessoal:
Aceitação: As pessoas têm uma necessidade imutável de serem aceitas, sem críticas e julgamentos. Uma forma simples de expressar esta aceitação é sorrir. O sorriso é a mais simples manifestação de receptividade e aceitação do outro. Um sorriso aberto, sincero, aquece o relacionamento e cria, inconscientemente, empatia à primeira vista.

Os tempos atuais - Parte 2

Porque alguns conseguem ser mais felizes que outros? Quiçá porque tenham a coragem de encarar barreiras, de romper preconceitos, de inovar no amor e em suas formas de vivê-lo. Não devemos, necessariamente, nos sujeitar à hipocrisia que já reinou por muitos anos e por muitas gerações. É preciso que tomemos iniciativas, que tentemos entender os anseios uns dos outros, que provoquemos nossa tendência à acomodação. Que dialoguemos a respeito de necessidades, de desejos, de fantasias e de sonhos, por mais que soem como surreais.

“Eu só conheço mulher louca. Pode ser exagerada, maníaca, dramática, fantasiosa, apaixonada, delirante. E fascina a todos! Todas as mulheres estão dispostas a abrir a janela, não importa a idade que tenham. E nossa insanidade tem nome. Chama-se vontade de viver, até a última gota! E, santa, fica combinado, não existe. Mulher que só reze, que tenha desistido dos prazeres e inquietudes, que não deseje mais nada? Só se for louca de pedra! (Martha Medeiros, Psicóloga, colunista da Revista de Domingo, jornal O Globo).

“Estar solteira, não significa que não estou apaixonada. Se não estiver sempre amando, eu morro! Acho que o homem ideal é bem-humorado, gentil, que te abre a porta do carro, puxa a cadeira para você sentar, lembra datas. É tolerante, flexível, investe na relação. Nosso tempo é agora! A cada dia, a cada momento, quero aproveitar tudo! Sem ter medo de envelhecer. Isso está na cabeça de cada um.” (Glória Maria, repórter e apresentadora da TV Globo)


Os tempos atuais - Parte 1

Vivemos tempos modernos. O mundo passa por mudanças instantâneas, o comportamento de todos é globalmente divulgado, os costumes se alteraram, a cada geração há mais liberdade, no entanto, continuamos a ter grande quantidade de casais que vivem sob um manto de hipocrisia, às vezes de ambos, às vezes de um, tolerado pelo outro, às vezes devido aos medos que ainda existem quanto a sermos julgados por aqueles que nos rodeiam.

Mas, como saber se aquele que nos julga é exemplo do que busca transmitir como conceitos? Como verificar se há autenticidade entre aquilo que diz e aquilo que faz. É comum, de certa forma, nos surpreendermos quando, de repente, um dia, ficamos sabendo que, pessoas que ditam lições de moralismo, são, na verdade, os mais libidinosos e libertinos. Quantas são as mulheres recatadas que conhecemos, a quem já flagramos, sem querer, em “atitudes pecaminosas”?

E quantos homens “sérios” no convívio tradicional, já nos chocaram com o conhecimento de seus casos amorosos que causaram espanto? Como saber em que ponto está a medida certa para o viver bem? Como saber até onde podemos ir, na busca da felicidade entre duas pessoas? Como medir nossos limites no prazer? Como determinar o que seja certo ou errado entre dois seres que se amam, e que escolheram seguir junto seu caminho?

E como fazê-lo sem cair na rotina e na mesmice de, dia após dia, repetir cenas já vividas? Ninguém possui uma receita exata, mas podemos considerar que é importante buscar. Não há uma lei que defina o segredo. A única lei entre duas pessoas é que tudo é valido, tudo pode, desde que proposto e aceito pelos dois. A vida se apresenta igual para todos. Porque alguns conseguem ser mais felizes que outros?

Viver a dois pode ser melhor!

Seja benvindo! Estamos iniciando um trabalho que, julgamos, pode ajudar pessoas a viver melhor. Temos todos nossos problemas. Conviver e trocar experiências é algo fascinante e que, muitas vezes, nos surprende, pelo que descobrimos poder somar no simples ato de falarmos sobre a vivência que carregamos cada um.
Neste Blog, Viva a Vida - Viver Melhor, estaremos trabalhando com temas ligados às pessoas, a seus relacionamentos, aos gestos do dia-a-dia, ao amor, aos encontros e desencontros por ele ocasionados. Passaremos por uma análise dos tempos que vivemos, das dificuldades enfrentadas nos relacionamentos, dos anseios de cada um com relação a seu parceiro, das influências da mentira e da manipulação, das dores de uma separação, até chegarmos ao sexo e ao amor.
E o faremos sempre tentando uma forma simples, sem nos determos em avaliar preconceitos, mas tentando lembrar que estamos todos no mesmo barco: o de tentar viver bem e buscar a felicidade e a realização, seja pessoal, seja profissional. Então, leia e comente. Leia e mande seu recado sobre o que gostaria de falar ou trocar experiências.