quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Os tempos atuais - Parte 4

Os homens, dos mais jovens aos mais vividos, têm demonstrado sentirem-se despreparados, em parte, para acompanhar a nova mulher, a mulher do hoje, que é uma realidade, e que está ao seu lado. Denotam, ora medo, ora surpresa, ora dificuldade em saber como comportar-se. Tornam-se mais agressivos, tentam desfrutá-la, ou agradá-la. Mas, sem dúvida, encaram uma insegurança que prejudica o relacionamento.

Em sua luta para reencontrar o rumo, ora abate-se, ora se revolta, ora amedronta-se e perde iniciativa. Com isso perdeu também um pouco do encanto que deveria provocar na mulher, que mesmo mais ativa, continua a esperar dele gestos e atitudes que a levem a interessar-se e sentir-se querida, protegida e enlevada. E isto levou ambos a um jogo de cobranças e expectativas que só tem tido perdedores.

O convívio doméstico também mudou. Hoje, na maioria das vezes, com ambos trabalhando, cuidar da casa e dos filhos passou a representar mais um ponto sobre o qual se precisa dialogar. Comumente vemos mulheres a demonstrar insatisfação com a “ausência” do companheiro. Sentem-se sobrecarregadas com compras, definição de assuntos domésticos, cuidados com afazeres relacionados à escola dos filhos e à própria arrumação da casa. Por tradição, pelo tipo de educação tradicional, os homens pouco fazem. Mas até isto está se modificando, devido às novas situações geradas com as ocupações profissionais de homens e mulheres.


É preciso, através de diálogo, estabelecer uma negociação que permita chegar a novas atribuições de cada um, com o que o peso se equilibre em proporções mais igualitárias, aliviando a carga que sempre coube à mulher. Deixá-la a carregar este fardo, gera cansaço e desgaste, depois refletidos na relação mais íntima, ocasião em que a disposição pode não ser a mesma. Ou poderá sê-lo, mas trazendo mágoas externadas ou não, que, ao longo do tempo, irão traduzir-se em feridas de difícil tratamento.

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