sábado, 24 de janeiro de 2009

O Amor como algo maior - Parte 7

A memória, no amor, não é o mais fundamental. O amor fica registrado, e permanece em nós, como uma ponte entre a vida e a existência que levamos, sobrevivendo sempre, em imagens, em nuances, em sopros não identificados – e o que menos importa é de onde surgem estes sopros, desde que estejam presentes. O tempo nos leva a entender a vida melhor. O tempo nos faz ver que, aqueles que passaram por nossas vidas, que nos ensinaram seus caminhos, viveram sacrifícios que nem sempre identificamos e entendemos ao momento de seu acontecimento.

O que mais devemos levar em conta é viver de acordo com nossas convicções e sentimentos. É preciso admiti-los de forma honesta, vivendo-os com autenticidade, enfrentando suas conseqüências. A primeira exigência do amar talvez seja a admissão de nossas vulnerabilidades. Se outros, por vezes, por instinto de defesa ou por fraqueza, não admitem as suas, não permitamos que nos ridicularizem.

Afinal, ser autêntico, mostrar nossas verdades, mesmo que estas reflitam nossos pontos frágeis, é a primeira forma de podermos dar algo aos outros. E viver como um grande é, principalmente, admitir-se que enfrentamos todos os mesmos fantasmas e ameaças. Apenas, alguns aprendem a entendê-los melhor, e por isso os encaram de forma mais lúcida.

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