sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Os tempos atuais - Parte 6

Ao buscar estabelecer equilíbrio, buscar resguardar a intimidade do casal é um dos pontos que sofre conseqüências com a presença de “outros” na casa, mesmo que seja a presença de filhos, de um ou do outro, de casamentos anteriores, ou seja, nossos próprios filhos. Lidar com sua presença, a partir de certa idade, em que se tornam também “adultos”, é uma arte que exige disposição, compreensão, carinho e muita paciência. Mas é possível. Apenas, há que ter-se muito amor um pelo outro, entendendo que somos - homens e mulheres - um conjunto, de parentes, filhos, irmãos e amigos. E, quando vamos viver juntos, nos dispomos conviver com este conjunto que, normalmente, existe.

Desta forma, trabalho, escola, deveres, lides domésticas, mães ou pais, filhos (os meus, os seus, os nossos), irmãos, primos, amigos, são parte de nossas vidas, uns mais, outros menos importantes, visto que o principal é conviver de forma harmoniosa, já que amar começa por cada um, em si mesmo. Buscar soluções para as dificuldades geradas em nosso dia-a-dia é função do casal, amparada que deve estar no bem querer de ambos, na vontade maior de ver o outro feliz. E talvez seja este o maior segredo: viver junto significa estar feliz porque se vê o outro feliz!

”Amar é dar, à pessoa amada, condições de realizar todo seu potencial como ser humano, confiando, amando e respeitando seus talentos, sonhos e fantasias.” Será necessário recobrar a confiança e a naturalidade, restabelecer a harmonia. Será preciso que voltemos todos a desfrutar de autenticidade, a assumir nossas partes mais singelas, mais espontâneas, admitindo nossas carências e buscando completar-nos.

Viver pode ser muito simples, se evitarmos desejar ser o que não somos, mas pode ser mais simples ainda, e mais gratificante, se aprendermos a nos dar um pouco mais, e dialogarmos para sugerir o que buscamos e esperamos uns dos outros. Para isso, temos que admitir nossos instintos e tentar não esconder o lado “animal” que carregamos, o que não quer dizer afrontar com a rudeza, mas aceitar-nos e mostrar-nos como somos, no mais íntimo de nossos sentimentos e reações, expondo todas nossas fragilidades e virtudes.

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