segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

O Amor como algo maior - Parte 1

Os modernismos minimizam as buscas do amor. Ninguém pode negar que chegamos a um ponto crítico. Entender que o mundo pode melhorar com o amor, virou zombaria. Temos que voltar a desenvolver respeito pela vida. Aumenta o número de fatalistas que acreditam termos atingido algo sem volta. Algo de óbvio deve ser admitido: os métodos convencionais para promover a paz e o bem-estar estão superados. Ao observarmos a vida de hoje, encontramos ódio, violência, preconceito e desprezo pela vida e pelos sentimentos mais nobres.

Os grandes destaques dos noticiários são as estatísticas de mortos, em guerras convencionais, ou no dia-a-dia de nossas cidades. Defrontamo-nos com a fome, com a desnutrição, as agressões à natureza, e a formação de riquezas cada vez mais desproporcionais aos esforços efetuados para dar mínimas condições de dignidade aos menos privilegiados. Condicionamo-nos à gradativa destruição do potencial humano, esquecendo que o amor é uma alternativa possível.

Contudo, o amor só pode funcionar quando abrimos mão de normas que continuam a nos paralisar. É preciso desafiar os preconceitos, que classificam o amor como uma tolice romântica, idealista, não intelectual. Precisamos buscar e aceitar o amor, como uma força universal, algo que unifica e promove o bem, acessível a todos que, de fato, o desejarem. Se conseguirmos perceber que o amor tem o poder de afastar mesquinharias que separam as pessoas, que é possível descobrir, através dele, que todos têm um coração, teremos dado o primeiro passo para a busca da felicidade e do entendimento.

Amar é viver de forma abrangente. Amar convida a compartilhar experiências, muito mais do que a impor concepções. Amar é desafiante, e exige ser maior. Todos buscam algo que dê maior significado às suas existências. É preciso sair de dentro de nós mesmos, intercalando nossos anseios com os anseios dos demais. Só assim poderemos nos tornar melhores amantes e seres humanos mais completos. O amor é fonte de energia, que não diminui com o uso. Ao contrário, ajuda a gerar mudanças e entusiasma quem dele desfruta.

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