quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Do Amor e do Saber (2)

O amor e o saber possuem mais pontos em comum do que poderemos perceber em uma primeira vista sobre os dois. Em ambos não há limites estabelecidos ou possíveis. Sobre ambos não podem pesar preconceitos. E - a maior das verdades - ambos sobrevivem de descobertas e da liberdade de buscar sempre mais.
Em ambos o improviso é segredo de sucesso. A vontade de se entregar é ponto de partida junto com a expontaneidade com que nos dediquemos a buscá-los. É preciso se libertar de influências externas. Temos perdido a capacidade de nos surpreender. Esquecemos de sorrir, pois poucos sorriem. Nos limitamos nos gestos de afeto e atenção porque muitos esquecem de praticá-los.
Esquecemos de dedicar mais de nosso tempo a escutar nosso coração e nossa intuição. Por que é que deveriamos escutar o que cada um pensa sobre "como" ou "o que" deve ser feito? Se o amor e a saber são tão particulares, tão ligados às sensações e necessidades individuais? É preciso, para que nos sintamos realizados, que ouçamos o que nos orienta a nossa necessidade de crescer e de ser feliz.
E, se sentirmos alguma coisa, permitir que este sentimento sirva de mola propulsora para que amemos mais e mais intensamente, para que busquemos conhecer da vida e de nós mesmos, para que acumulemos saber, sempre em busca da realização de nossos sonhos. E isto não significa nos afastarmos dos outros. Quem ama - e amando também se aumenta o saber - sabe que não precisa ser perfeito, mas sim ser autêntico.
Não é justo deixarmos de fazer algo levados pelo medo de não fazê-lo bem feito, ou por temer possíveis riscos. O amor e o saber melhoram as pessoas, e isto as faz serem uma presença agradável aos demais. E, quando somos os donos do destino de nossa maneira de amar e do nosso saber, nos tornamos mais interessantes e mais particulares. O que faz as pessoas melhores de conviver é aquilo que cada uma nos passa de sua busca por ser feliz.

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