domingo, 18 de janeiro de 2009

Do aprender o Amor (1)

É verdade que se aprende a amar. Algumas pessoas levam a vida inteira creditando suas incapacidades de demonstrar o amor, como gostariam de fazer, a falhas ou omissões daqueles que as criaram. Desta forma, se justificam e se limitam a aceitar que a sorte foi lançada e nada existe a ser feito, transformando seu passado em bode expiatório, racionalizando suas próprias fraquezas e limitações, sua solidão e desamor.

Mas não há verdades nesta postura, e sim buscas de apoio para a própria incapacidade de achar soluções e inovar sentimentos e comportamentos. Temos, todos, capacidade de alterar pensamentos, atitudes, gestos e forma de agir. Capacidade de amar completa e alegremente é um segredo que reside no conhecimento e na experiência, além de estar ligado à capacidade de inovar e descobrir-se, sem temores. Mas isto se fundamenta em algo que poderíamos chamar de “viver o hoje”.

Ao buscarmos viver o amor de forma intensa, compreende-se que a dor, o desconforto, e a rejeição são componentes de um processo. Amar exige, acima de tudo, coragem, flexibilidade e esperança, jamais chegando a ser uma realidade para aqueles que desistem facilmente. E, como o amor é a mais compensadora de todas as experiências humanas, certamente, correr riscos valerá a pena. E não há limitação de datas para este tipo de recomeço.

Mesmo casais que vivem de forma medíocre, podem, a qualquer momento, reiniciar, reprogramar-se, redescobrir-se, e passar a viver o amor de forma mais intensa e saudável. Isto poderá até gerar desconfianças de parte a parte, dependendo de quem parta a iniciativa. Afinal, porque se muda algo que está acomodado há tempos? Sentimento de culpa? Alguma escapada que deixou remorsos? Uma loucura repentina? A partir de que novo sentimento ofertar mais amor depois de anos de convívio?

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