sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Os tempos atuais - Parte 5

A falta de consideração por parte do companheiro, a noção de receber pouca atenção, mesmo quando esta atenção se reflete em dividir responsabilidades ou afazeres “elementares”, representa um incômodo constante e crescente, que, mais cedo ou mais tarde, se revela, na mulher, em palavras ou atitudes. Paralelamente, há casais que convivem com grande proximidade com familiares (sogras, irmãos, cunhados), outro fato que exige habilidade e boa dose de sapiência, para evitar que se criem problemas de convívio.

Uma mãe sempre presente, por vezes morando junto, seja mãe da esposa ou do esposo, estabelecerá, na maior parte das vezes, uma relação de desequilíbrio, pelo apoio frontal ou disfarçado que dará a um ou ao outro. Predominantemente, a mãe do homem interfere mais. Exerce certo “domínio”, com o que gera uma sensação de “não perceber que o filho cresceu”. Como é cômodo ter quem nos defenda ou proteja, este domínio ou interferência acaba por refletir-se em atritos com a nora, ou entre o casal. E, como é difícil tomar--se atitudes corretivas perante a própria mãe, são atritos de difícil solução.

A vida em comum, quando, na mesma casa, residir o casal com a mãe da mulher, predominantemente, é menos conflitante, pois há algum mistério, que leva a mãe a posicionar-se, muitas vezes, a favor do genro, o que não impede que se estabeleça também um conflito, desta vez entre mãe e filha. E ainda temos casos em que a companhia é de um irmão de um dos dois cônjuges, pouco pesando se é muito jovem ou adulto, mas sim que não se trata de filho do casal.

Outras vezes, em casais que estão em seu segundo ou terceiro casamento, o morar junto com filhos de um dos dois é exercício que exige do outro parceiro atitude madura e muito equilíbrio. No entanto, são situações, na maioria das vezes, inevitáveis, com as quais se precisa apreender a conviver, buscando a melhor e mais pacífica forma de fazê-lo. O casal terá constantemente que pesar os fatos, avaliando suas reações (de ambos), de modo que seja possível chegar a comportamentos que evitem o desgaste, ou que possam ser compensados pelo que sentem um pelo outro.

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