quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Ingredientes Secretos de uma Relação (2)

O casamento não é, em si, um passaporte automático para a auto-estima. Para estar bem com o outro, você deve, antes, estar bem consigo. Pergunte-se se gostaria que um filho tivesse um casamento como o seu. Se a resposta for negativa, terá que pensar o que isso significa, o que deve sofrer alterações, para que seu filho não veja no casamento um lugar de tristeza, de submissão e de perda de identidade pessoal. Viver bem a dois é somar vivências, buscar prazeres, propiciar bem-estar, descobrir constantemente como ajudar-se a enfrentar as vicissitudes, naturais e constantes, o que não deve ser encarado como uma perseguição ou destino. E, para que isto possa se tornar uma realidade, pensemos sempre em “nós”, deixando o “eu” em segundo plano, o que não significa abrir mão de sua vida.
Se um casal se prepara para discutir um assunto importante, muitas coisas podem ser providenciadas para amenizar o clima e ajudar nas conclusões. Colocar, por exemplo, uma música de fundo, que ambos gostem. Está provado que isto aumenta o poder de compreensão mútua! Não há vencedores quando um dos dois sente-se perdedor. Discussões devem servir para que ambos ganhem algo, seja no conhecimento em si, seja no que sabem um sobre o outro.
Viver a dois não é uma disputa, é mais um dar as mãos, passar-se força, ajudar-se a vencer obstáculos. Vigiar palavras, antes de soltá-las é hábito dos mais saudáveis. Como, também saudável, é não acumular dissabores ou contrariedades, que, um dia, mais cedo ou mais tarde, virão à tona, somados e ganhando um teor de gravidade maior.
A contrariedade acumulada gera forças negativas crescentes. Avaliemos uma torneira que pinga. Se, ao percebê-lo, tomamos a iniciativa de sustar o problema, pouco estrago terá ocorrido. Mas, deixá-la a vazar por longo tempo, poderá ter conseqüências graves. Se não prestarmos atenção, se a água que pinga não tiver vazão suficiente, iremos nos deparar, em algum momento, com água se espalhando pela casa, estragando móveis, exigindo uma enorme mão-de-obra, gerando corre-corre, esforço e cansaço. Tudo porque não demos importância a uma simples gota de água que teimava em escapar.

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