segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Separações (II)

Evitar que isto ocorra (as dores de uma separação), apegando-se a qualquer motivo, é lutar contra a ordem natural da natureza. Esta é sábia e nos ensina. Uma árvore, quando não podada, muitas vezes se fragiliza, devido ao crescimento desordenado. Se uma tempestade lhe quebra alguns galhos, outros surgirão breve. E se uma parasita lhe toma conta, quando sua seiva lhe serve de alimento, um dia ficará frágil e não sobreviverá. Ninguém suporta carregar o outro por muito tempo ou por toda a vida.

Se existe uma fonte de água, mesmo frágil, quase imperceptível, que brota naturalmente, e lhe cobrimos a saída, a força da água acumulada, um dia, provocará uma enxurrada. Não há que se agredir a ninguém, nem antes, nem durante, nem depois de uma união. Basta entendermos que se é cativo daquele que nos merece. Quando nos libertamos da servidão, estamos prontos para amar de novo, mais sábios, mais fortes, e mais inteiros.

E, quando este momento chegar, tenhamos consciência de que cada pessoa expressa seu amor de uma forma, a seu modo, nos limites de sua percepção e capacidade, nem sempre com a mesma efusão, mas relacionado às próprias necessidades e descobertas. Será certamente, esta exclusividade, que faz o amor esta força poderosa e cheia de mistério, mas, sem dúvida, a mais durável e motivadora na vida de todos.

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