terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Separações (III)

Amar é incentivar a coragem de enfrentar riscos, porque nos arriscando estamos a buscar crescimento. Amar não é nos esconder das verdades, mas ajudar-nos a entendê-las e enfrentá-las. Amar é ajudar a encontrar alternativas para nossos comportamentos, alegrando-se com nosso sucesso e confortando-nos quando fracassamos. Quem ama não é apenas amante, mas amigo, companheiro, fiel e disposto a assimilar nossas imperfeições.

Cada um de nós encara o amor e as expectativas que tem dele de uma forma. Muitos são os que necessitam ouvir “eu te amo” todos os dias, todas as horas. Já, para outros, mais que as palavras valem um olhar, um gesto, uma atitude, uma comunicação silenciosa. Alguns, mais movidos pela paixão, vivem valorizando atitudes calorosas, demonstrações públicas. Outros encontram vibração nos momentos mais íntimos. Não importa, na verdade, como cada um expressa o amor, vez que é algo livre, mas sim que o sinta de fato e seja autêntico em suas reações.
Não devemos tentar definir o amor. Melhor encará-lo como algo no qual crescemos juntos com quem amamos e nos ama. Não pode estar limitado por palavras ou exigências. Como é sempre composto por dois lados, precisa ser livre e forte, brotar sem esforço e sem limites, não exigir horários e contrapartidas, e, no entanto, por contraditório que pareça, manter-se equilibrado, cada um dos lados a dar de si, de forma que incentivando o parceiro a dar ainda mais. E, sem esquecer que é preciso, em primeiro lugar, amar a si mesmo, respeitar-se, admirar-se e ter confiança, componentes básicos do amor.

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