terça-feira, 26 de maio de 2009

Swing (4)

«Adoro a minha mulher, e sei que nossa relação vai muito além do que vivemos naquele momento», diz Rogério, a propósito do que sente. «Não há ciúme ou medo, porque é uma relação consentida e desejada por ambos. Eleva o prazer. É ótimo senti-la tão satisfeita.» Paula, mulher de Rogério, acrescenta: « Aumentou nossa cumplicidade e passamos a ter mais segredos, o que nos uniu e aproximou mais.» Para este casal, a experiência de alguns anos em que passaram da fantasia à ação, foi enriquecedora.

Embora se saiba que o swing não salva um casamento, pode, talvez, contribuir para fortificar uma relação, se o relacionamento for estável, porque as pessoas passam a falar e discutir mais abertamente sobre sua sexualidade e suas fantasias. «Temos as nossas discussões, sobre diferentes formas de ver certos assuntos, mas continuamos, cada vez mais, a gostar de sentir o calor do corpo, quando nos deitamos, da troca de pequenas carícias, e claro, do sexo a dois, que ficou melhor, porque recordamos momentos vividos juntos.», refere-se outro casal praticante.

Podemos concluir, talvez, que, como toda outra decisão que um casal tomar, optar pela vivência do swing é algo que terá que ser avaliado e decidido, vivenciado e novamente avaliado, por ambos, sem restrições, sem qualquer medo de usar a franqueza e a tranqüilidade, sem esconder temores, sem medir palavras para retratar as emoções vividas, sem restringir vibrações. Quanto maior o entrosamento entre os dois, quanto maior a liberdade com que cada um retrate seus sentimentos e satisfações, bem como, suas expectativas a respeito, mais sadio será o retorno. Ainda que este possa resultar no abandono da idéia, caso cheguem à conclusão de que não perceberam sentir-se melhor ao tentar praticá-lo.

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