sábado, 2 de maio de 2009

Mulheres Adultas (4)

Podemos dizer que o cérebro é um órgão sexual por excelência - é ele que nos permite experimentar o prazer. Os neurotransmissores, como a noradrenalina, dopamina e serotonina, participam ativamente desse processo, que tem a ver não só com a excitação erótica, mas também com bem-estar. A serotonina, por exemplo, ajuda a regular o sono, o apetite, as funções cognitivas, o humor e a produção de hormônios sexuais.

Mas a saúde depende do equilíbrio dessas substâncias - excesso de serotonina diminui a libido. Os hormônios também são decisivos. A testosterona, um hormônio masculino, está presente em homens e mulheres, mas, neles, em quantidade maior. Ela estimula o desejo sexual. Nas mulheres, predomina o estrógeno. Sua produção tem início na puberdade e decresce a partir da menopausa - o que tende a gerar alterações físicas, orgânicas e psicológicas, como o humor.

"A química cerebral é fascinante, mas não é suficiente para explicar o comportamento sexual das pessoas", afirma o ginecologista Eliano Pellini, da Faculdade de Medicina do ABC. Ele observa que o sexo é um fenômeno biopsicossocial e sofre inúmeras influências. O que faz uma pessoa se sentir sexualmente atraída por outra? Mesmo que seja possível elencar alguns itens socialmente valorizados (como beleza, inteligência, nível cultural), sempre restará algum ponto enigmático.

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