terça-feira, 7 de abril de 2009

As Concessões do Amor (2)

Ser positivo, manter esperanças, acreditar, é uma forma de buscar e obter inspiração, que só ajuda todos a saírem de si mesmos. E é preciso vencer as desconfianças natas. Nem todos recebem com naturalidade aquilo que lhe ofertamos. Pessoas suspeitam do que julgam não merecer. Como se aceitar as comprometesse.
Alguns vivem constantemente em guarda, em uma sociedade em que desprendimento e generosidade não são o mais comum. Negar-se a receber é uma postura de defesa. É preciso saber superar a rejeição, contornar o ceticismo, tentando mostrar que o amor é algo gratuito, ainda que extremamente valioso.

Ajudar é uma das coisas mais recompensadoras. Quem ajuda, é ajudado a ajudar mais. Mas é preciso educar através da ajuda. No amor, como nas demais coisas da vida, só ajudar pode levar a estabelecer fardos a carregar. Não basta fazer, cada um, a sua parte. Há que se indicar caminhos, mostrar soluções, abrir frentes, para que cada um aprenda a caminhar com as próprias pernas. Sempre existirão necessidades. A visão de dar não deve ser estreita. Um olhar atento, uma orientação, umas poucas palavras, podem ajudar mais que muito dinheiro.

O importante não é ser visível na ajuda, mas que os seus resultados possam ser notados. Ouvir quem necessita desabafar pode significar uma ajuda inestimável. Demonstrar compreensão, auxiliar com postura paciente, não prejulgar, colocar seu tempo à disposição de quem necessita de sua presença, são formas inequívocas de comprovar amor. E o amor assim o é, quando dado, quando demonstrado em atos de carinho. Sem isso, não passará de uma mera concepção abstrata, uma palavra apenas, cuja pronúncia perderá seu real significado.

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