sexta-feira, 3 de abril de 2009

Enfrentando e Superando Frustrações (2)

Há um pensamento, dos mais antigos, que diz que “o que não tem solução, solucionado está”. Pode ser uma tradução simplória e um tanto cômoda, mas traz em si uma grande verdade. Se algo não pode ser mudado, mudemos nós, nos adaptando e aceitando uma situação nova. Temos que ter consciência de que dificuldades existem para todos. Não há quem viva sem enfrentar algum tipo de problema, na vida pessoal, no trabalho, no amor, em suas relações. É preciso apenas que examinemos alternativas. Quanto maior seu número, menores os riscos de não encontrarmos uma solução.

Para que isto se torne uma realidade, o tempo merece ser examinado e ganhar a importância devida. Para todos nós, o que dispomos de mais valioso é nosso tempo. É talvez a única coisa que, de fato, é irrecuperável. É importante que expressemos nossos aborrecimentos imediatamente. Uma das boas receitas para evitar que um problema se torne maior, é encará-lo de frente, sem perda de tempo. Se é natural do ser humano não gostar de esperar, porque temos o vício de deixar as soluções de nossos problemas para depois? Porque tentamos escondê-los de nós mesmos?

O passar dos tempos realmente, devido às mudanças que sofre o mundo e que sofremos nós todos, indica que algo que foi um problema já deixou de sê-lo. Mas esta não é a regra geral. Em muitas, e na maioria, das vezes, somos surpreendidos pela dimensão que algo menor tomou por não receber nossa atenção ao momento devido. E, nas relações do amor, praticar esta política pode ser fatal. Se o tempo não espera, não queiramos nós esperar por iniciativas que dependem somente de nosso querer. Reter frustrações, dúvidas, e problemas, são hábitos prejudiciais, que um dia apresentam a conta.

Como um objeto que buscamos em uma gaveta, a solução para a maioria de nossas dúvidas está muito perto de nós. Nem sempre é a que gostaríamos de encontrar, pois pode contrariar expectativas que alimentamos sobre nós mesmos, uma pessoa ou uma situação. É esta noção que nos põe perante uma impressão de “não podermos enxergar” o que procuramos. Na verdade, há momentos em que “não queremos” admitir que seja aquela a solução adequada. E, resistindo a ela, vemos o tempo consumir nossas energias e nublar nossa razão. A sensação de frustração estará instalada.

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