segunda-feira, 20 de abril de 2009

Swing (1)

Cada vez mais somos questionados sobre vivenciar ou não o que se convencionou chamar de “swing”. Não nos cabe julgar as definições do que deve ou não ser permitido e liberado por cada casal para viver melhor seu dia-a-dia. O que se pode constatar é que, quando existe a consulta, a partir de uma incerteza sobre praticá-lo ou não, é porque, sem dúvida, há, no mínimo, a curiosidade quanto a seus efeitos. E, quando surge a dúvida, a ponto de provocar uma consulta, esta se forma a partir da idéia de que deva ou não ser aceito.

Se a idéia do swing leva uma mulher ou seu companheiro a buscar orientação, um dos dois o terá sugerido, e o outro estará a meditar sobre os possíveis riscos decorrentes de sua aceitação. O mundo de hoje leva as pessoas a se tornarem cada vez mais livres de preconceitos e de limitações. Encara-se o amor e o sexo como algo bem mais amplo e franco a cada dia que passa. Há uma naturalidade cada vez maior no trato dos pares sobre seus anseios e fantasias. A repressão, bem o sabemos nós, conduziu, e ainda conduz, muitas relações ao fracasso, por não permitir a satisfação plena de cada um. E, quando ocorre, serve como ponto de partida para que cada um se proponha a “fazer o que sempre teve vontade”.

Dizer que alguém tinha “swing”, originalmente, se falava em termos musicais, e significava possuir balanço, facilidades de adaptação, habilidades para se entrosar com qualquer ritmo, familiaridade na adoção de novos movimentos, e, principalmente, entrosamento instintivo e integral dos parceiros de dança. Com a evolução dos costumes, adotou-se o termo para designar a prática de novas posturas no comportamento amoroso e sexual dos casais. De certa forma, tem, de fato, algo a ver. Afinal, o que hoje se pratica como tal, exige habilidade, sensibilidade, avaliações prévias de reações, e verdadeira interação e aceitação quanto às intenções e limites de cada um.

Certamente você já ouviu termos como “swing” ou “swinger”. Por todo o país têm aumentado o número de casais que encaram o sexo no casamento de uma forma diferente. São casais libertos de tabus, que dão vida às fantasias, com outros casais, aceitando, juntos, ter relações sexuais com outras pessoas, ou simplesmente assisti-las a ter. São pessoas de todos os níveis sociais, culturais, econômicos e etários, com uma enorme vontade de viver e que aproveitam todos os pequenos ou grandes prazeres que a vida lhes pode proporcionar.

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