segunda-feira, 16 de março de 2009

Do aprender o Amor (2)

Devemos, todos, ser os arquitetos de nossas mudanças, de nossa evolução no amor, aceitando que isto não acontece da noite para o dia. É qual um jogo de damas. Há que se mexer uma pedra de cada vez. O importante é começar! E, a cada nova oportunidade de amor, experimentar o que já aprendido, para nos conduzirmos a um mundo melhor para nós e para aqueles que cruzem nossos caminhos. Os desapontamentos de esperanças não concretizadas podem resultar em marcas profundas. A lição é sarar feridas e não aumentá-las, interminável análise de porquês, muitas vezes não existentes.

Esperar que as coisas aconteçam por si, pode se traduzir em longas esperas. Os mistérios do amor criam em nossas mentes uma aura de magia, mas, ao mesmo tempo, de incertezas. Abra-se, então, de forma autêntica e inteira, para novas emoções. Na vida, como nas guerras, quem não arrisca, não avança. Há que se ter impetuosidade, permitir-se entregar-ser aos sonhos. E neste entregar-se, importante não repetir receitas que já falharam. Existem pessoas que só aprendem a se relacionar com um tipo. Falham uma vez, e repetem seus próprios erros de escolha a cada tentativa. Como se desejando justificar-se nas falhas alheias.

Não devemos esperar sempre, nem correr com desespero atrás do que procuramos. Pode parecer um contra-senso, mas é bem assim. A pressa nos leva a não analisar, a não avaliar os riscos. Se apressados, não cuidamos de evitar que “ponham o dedo em nossas feridas”. Esperar sempre é postura falha, pois nada cai do céu. É preciso criar condições e nos apresentar para os fatos. Nada de ficar enclausurado, curtir as próprias dores. Podemos desejar ser amados. Impossível consegui-lo por todos.

Esta compreensão é que dá origem á liberdade. Não pergunte “você me ama”? Sinta-o! E não esqueça que o amor só pode ser dado livremente. Espere, e propicie momentos para que alguém lhe diga “eu te amo”. Não importa quanto o desejamos. Isto só ocorre quando se trata de uma oferta espontânea. Cobrar gestos ou palavras de carinho e devoção só gera constrangimentos e quebra de naturalidade. Se o nível de exigências for grande, grande será a dificuldade de quem se espera retribuição.

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