terça-feira, 17 de março de 2009

Do aprender o Amor (3)

Quase todo relacionamento se inicia com expectativas acumuladas ao longo do tempo e de histórias vividas. A idéia do que esperamos de outra pessoa, sobre como se vá comportar, de refletirem a imagem que formamos a respeito do que buscamos, nega-lhe a mais preciosa das vantagens, de viver sua individualidade, e a faz sentir-se um objeto de utilidade. O que nos atraiu inicialmente, as qualidades que definem sua personalidade, em vez de nos alegrar, nos frustra, quando tentamos encaixá-la em padrões, em categorias, esperando que aja de outro modo.

Melhor seria que deixássemos de lado nossas expectativas, estabelecendo um novo relacionamento, sem referenciais anteriores, encarando o novo parceiro em suas singularidades, único que é. Ninguém é igual a outro. Portanto, ninguém volta à vida de ninguém na pele de uma nova pessoa. Quem espera encontrar, em cada um com que se depara, o amor de sua vida, tende a não se satisfazer com ninguém. É mais divertido e mais verdadeiro descobrir, e aceitar, as pessoas como realmente são, não como as tenha sonhado. E só assim poderá, mais facilmente, encontrar a felicidade.

Para evitar novos e constantes desapontamentos, desilusões que se acumulam de forma inevitável, expectativas sempre malogradas, temos que esperar e cobrar apenas de nós mesmos. Somos os principais, senão os únicos, responsáveis por nossas próprias mudanças. E, assim, permitiremos aos outros, o direito de serem eles mesmos, nos entendendo e crescendo na busca do potencial de um novo relacionamento.

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