terça-feira, 31 de março de 2009

A Dignidade ajudando a Amar (2)

Porque não instituir prêmios aos homens simples, que trabalham para manter limpas nossas cidades, para torná-las seguras, para ensinar nossos filhos, muitas vezes em precárias condições, efetuando trabalhos que pouco são notados, nem sempre contando com a estima dos demais, mas que o fazem com dedicação e sucesso? E aos artistas, cantores, músicos, escritores, poetas e tantos outros, que mereceriam louvores pelas alegrias tantas que nos passam com sua criatividade?

Bem sabemos que existem políticos, professores, funcionários públicos e profissionais que não honram suas atividades. Estes quiçá apareçam mais na televisão e nos jornais, e quiçá obtenham mais fama e dinheiro com sua forma fraudulenta de agir. Mas, sua divulgação não deve apagar o brilho dos demais. E, como não há prêmios e medalhas para todos, não é preciso promover cerimônias. Basta mostrar, em nossas palavras e atitudes, o quanto os reconhecemos valiosos.

E desta forma estaremos contribuindo para que se sintam recompensados, pelo trabalho bem feito, pela devoção constante aos seus bons princípios, já que “a dignidade não é traduzida na entrega de honrarias, mas em ser merecedor de recebê-las” (Aristóteles). Parabenizar a dignidade ajuda a diminuir a desesperança. Enxergar um futuro melhor exige que se planeje sobre princípios de dignidade humana. Valorizar quem é digno, e ser um deles, é a melhor arma para evitar a despersonalização.

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